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Rendez-vous cultural

Musical “O Rei e Eu” ganha montagem integral em Paris

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O antigo reino do Sião, hoje Tailândia, se instalou em Paris. Mais especificamente, no palco do Teatro do Châtelet, no centro da cidade. Com cenários suntuosos, muito brilho nas roupas e vozes afinadas, trata-se de uma nova montagem do musical “The King and I” (“O Rei e Eu”), de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II.

Cena do musical "The King and I", em cartaz em Paris.
Cena do musical "The King and I", em cartaz em Paris. © Marie-Noëlle Robert - Théâtre du Châtelet
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A história é baseada em fatos reais, em torno do rei Monkut, por volta de 1860. Apesar de poderoso e autoritário, o monarca é curioso e disposto a abrir seu país às novidades do mundo. Ele contrata uma tutora inglesa para educar seus filhos (mais de 60!). Viúva, a inteligente e batalhadora Anna chega ao reinado do Sião acompanhada do filho pequeno. O ambiente é propício para choques culturais e romances.

“The King and I” estreiou na Broadway em 1951, na época áurea dos musicais. O ator Yull Brynner representou o soberano asiático mais de 4.600 vezes no palco, além de eternizar o personagem na versão filmada, com Deborah Kerr como a tutora. Um dos destaques da versão parisiense é o ator francês Lambert Wilson no papel do rei. A diferença entre as duas atrações é que Wilson canta. Brynner, por sua vez, não era cantor e recitava as canções.

Grande produção

A montagem parisiense chega em versão integral, com mais de três horas. Patrick Niedo, historiador especializado em comédias musicais americanas, conta que nos Estados Unidos não há mais esse tipo de grande produção, como a do Chatelet, que exige 45 músicos no fosso, cenários espetaculares e partitura completa. “Hoje em dia na Broadway tudo é muito formatado, com menos de 20 músicos e duração máxima de duas horas e meia”, conta Niedo.

Lambert Wilson falou à RFI sobre a dificuldade vocal do papel. “Eu passo a noite anterior me preservando para cantar a ária na primeira parte e depois passo o resto da noite destruindo minha voz, pois o rei grita o tempo todo”, conta o artista francês, que canta em inglês impecável.

Susan Graham e Christine Buffle se alternam no papel de Anna Leonowens. Dois grupos de 13 crianças também se revezam para viver os filhos do rei. A direção fica por conta de Lee Blakeley, sob a batuta musical do maestro James Holmes.

 

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