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Rendez-vous cultural

Documentário francês mostra excluídos econômicos

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A França pode ser conhecida por ser a terra do champanhe, dos queijos, da cozinha refinada e da confeitaria. Mas para treze milhões de franceses, que sobrevivem com 50 euros mensais, cerca de 150 reais, esse estereótipo é bem distante da realidade. O documentário francês “se Battre", de Jean-Pierre Duret e Andréa Santana, entra no cotidiano dessas pessoas. Daí o título, sem tradução ainda em português, é algo como “ir à luta”.

Cartaz do documentário "Se Battre", de Jean-Pierre Duret e Andréa Santana.
Cartaz do documentário "Se Battre", de Jean-Pierre Duret e Andréa Santana. Divulgação
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O casal de cineastas recebeu a reportagem da Rádio França Internacional em Montreuil, oeste de Paris, onde moram. Antes, Duret posou para uma sessão de fotos com o César, prêmio máximo do cinema francês, recebido em fevereiro pelo som do filme Michael Kolhaas. O documentarista também é um engenheiro de som conceituado, colaborador de diretores como os irmãos belgas Dardenne. Andréa Santana, de Fortaleza, é arquiteta e urbanista de formação. “Se Battre” é o quarto documentário da dupla, que dividem direção, câmera, som e até completam frases um do outro quando falam.

O objetivo, conta Andréa, foi dar voz e imagem a representantes desses 13 milhões de excluídos, que ganham pouco, têm vários bicos, mas que vivem com dignidade e otimismo. Os entrevistados dão uma ideia do amplo espetro dessa faixa carente: uma família de ciganos, estudantes, desempregados, mães solteiras, estudantes e outros.

“Toda a miséria e esperança do mundo”

“Se Battre” foi filmado em Givors, perto de Lyon, no leste da França. A princípio, explica Andréa, a ideia era fazer um retrato da França, mas como um dos princípios de trabalho da dupla é passar um longo período junto aos entrevistados, eles escolheram essa cidade por ser de tamanho médio, perto de uma grande cidade, mas também da área rural. “Praticamente nos mudamos para lá durante três meses, trabalhando 14 horas por dia”, conta Duret.

O filme tem recebido críticas excelentes da imprensa especializada. Para o jornal Le Monde, por exemplo, o documentário traz “toda a miséria e toda a esperança do mundo”.
 

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