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Reportagem

Fondation Cartier exibe 53 anos de fotografia latino-americana

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A Fondation Cartier de Paris abre nesta terça-feira a exposição América Latina 1960-2013, com o objetivo de lançar uma nova perspectiva sobre a fotografia no continente latino-americano a partir de 1960, tendo como fio condutor a relação entre texto e imagem. A diversidade continental e cultural é ilustrada por 500 obras de 72 artistas de 11 países. O Brasil é representado por nomes consagrados como Hélio Oiticica, Anna Bella Geiger, Claudia Andujar, Miguel Rio Branco, Regina Silveira e Rosângela Rennó, entre outros.

"To Be Continued"... (Latin American Puzzle), 1997, de Regina Silveira.
"To Be Continued"... (Latin American Puzzle), 1997, de Regina Silveira. © RFI/María Carolina Piña
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A instalação “Quebra-cabeças latino-americano, para ser continuado”, de Regina Silveira, pode ser uma boa definição para a proposta. Trata-se de um quebra-cabeças gigante, de 130 peças que se encaixam perfeitamente. Cada uma exibe uma imagem apropriada da mída, com fotografias de ícones ou referências gráficas do continente. As narrativas de diferentes épocas casam-se aleatoriamente, formando uma unidade heterogênea e multiforme. “Cada pessoa pode fazer sua própria leitura e novas associações”, diz a curadora Leanne Sacramone.

Ilustrando a proposta de texto e imagem da mostra, o coletivo Lost Art, de São Paulo, formado por Ignácio Aronovich e Louise Chin, apresenta o vídeo “Por Trás das Letras”, de 2008. Pichadores ganham voz e explicam suas motivações, ilustradas por letras e tintas.

Brasil na América Latina

Aléxis Fabry, co-curador, faz uma analogia sobre o Brasil na América Latina. “Quando digo que o Brasil é um enclave dentro da América Latina é por causa da língua”. Ele diz ter percebido que o Brasil mudou muito nos últimos 15 anos, pois era um país muito mais “entrincheirado” e protecionista. No dia 21 de novembro, Fabry introduz ao público francês a obra do pintor, fotógrafo e cineasta Miguel Rio Branco, em presença do artista.

Rosângela Rennó também vai participar de um evento especial, no dia 20 de janeiro, com uma instalação/performance onde ela revisita o tema da combustão de plantas como oferenda sagrada. Em uma atividade para o público infantil, Beatriz Milhazes foi convidada para conceber uma série de desenhos para colorir.

A exposição de fotos América Latina 1960-2013, organizada pela Fondation Cartier para Arte Contemporânea e pelo Museu Amparo, do México, e com parceria da RFI, fica em cartaz em Paris até 6 de abril de 2014.
 

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