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Rendez-vous cultural

Prédio antigo vira templo da Street Art em Paris

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O prédio velho de nove andares com uma pintura em forma de gota, visível da ponte de Bercy, já faz parte da paisagem de Paris. Transformado em templo da Street Art por mais de 80 grafiteiros do mundo todo, ele é hoje uma das exposições mais disputadas da capital – para entrar no edifício, são pelo menos cinco horas de espera.

O artista brasileiro Ethos, um dos participantes do projeto "La Tour 13"
O artista brasileiro Ethos, um dos participantes do projeto "La Tour 13" Foto: RFI
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Bem vindo à "La Tour 13", um edifício de dez andares, cedido pela prefeitura de Paris, que reúne a nata do grafite e seus representantes, entre eles os brasileiros Loiola, Speto, Rapto e Ethos.

Durante sete meses, os artistas-grafiteiros deram asas à criatividade e revolucionaram os 36 apartamentos deste prédio abandonado.

O resultado, um universo onírico de cores e formas, um labirinto de poesia sobre ruínas. Os diferentes estilos dos grafiteiros se combinam em um emaranhado decorativo único.

Tudo foi concebido para que o visitante se sinta, de fato, perdido neste espaço incomum, como explica o galerista Mehdi Ben Cheik, criador do projeto. "A idéia é entar na pele do artista, se deixar envolver pelo seu universo",explica.

Medhi conta que um projeto deste porte exigia, naturalmente, a presença de artistas brasileiros, referência da Street Art mundial. "Não podemos falar de street art internacional sem falar da América Latina, e mais precisamente do Brasil, que tem uma enorme tradição na arte urbana, como em São Paulo", conta.

"Temos vários brasileiros que estão participando aqui, e alguns com quem eu trabalho há alguns anos, como o Ethos, de São Paulo e outros que vieram no mês de março a Paris para outro evento. Aproveitei a presença deles para pedir a intervenção na torre", esclarece.

"É um projeto que está entre a galeria e a rua", diz Claudio Ethos, que acompanhou a reportagem da RFI em uma visita exclusiva à "Tour 13", fechada para visitação na segunda.

No prédio, cedido pela prefeitura de Paris, ainda vivem três famílias, mas que acabarão desalojadas. A exposição acaba no próximo dia 31 de outubro, e em seguida o edifício será demolido, como já estava previsto.

Um evento que se transformará em documentário e será transmitido ao vivo pela Internet, prevê Mehdi, que ainda espera obter o financiamento necessário. A efemeridade da Arte em sua mais perfeita tradução.

Para ouvir o programa completo, clique no ícone "Ouvir."

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