Turquia pede devolução de cerâmicas expostas no Louvre
O ministro turco da Cultura, Ertugrul Günay fez um apelo às autoridades francesas por um diálogo a respeito da devolução de peças e objetos turcos em posse do museu do Louvre, em Paris. Entre os itens contestados estão cerâmicas de uma histórica mesquita otomana em Istambul.
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As peças fazem parte de um longo mosaico de 12 metros, um dos destaques do novo departamento de Artes do Islã, ala recentemente inaugurada no museu do Louvre. O azulejo de Iznik teria vindo da mesquita Piyale Pasha, construída em 1573. De passagem em Paris nesta quinta-feira, Günay veio defender a candidatura da cidade de Iznik para acolher a Expo 2020.
Segundo o ministro, as peças foram roubadas no final do século 19 e retiradas da Turquia de maneira ilegal. Ele acrescentou que não faz acusações contra o Louvre ou contra o responsável pela aquisição das cerâmicas. O museu do Louvre por sua vez, voltou a declarar recentemente que os objetos em questão foram legalmente adquiridos em 1889 e 1890.
A Turquia tem também reclamado há alguns anos à França e ao Louvre a restituição de painéis de cerâmica de Iznik provenientes do mausoléu de Selim II, em Istambul.
Günay lembrou que várias reivindicações turcas têm dado resultados positivos. Ele citou a restituição de uma esfinge pela Alemanha em 2011 e de uma estátua de Hércules e de uma parte do Tesouro de Tróia pelos Estados Unidos, além da devolução de cerâmicas por alguns países do Golfo.
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