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Festival de Locarno

Sequência de "Bandido da Luz Vermelha" estreia na Suíça

O «Bandido da Luz Vermelha», filme antológico brasileiro do chamado Cinema da Boca do Lixo, será uma das atrações do Festival Internacional de Cinema de Locarno, que começa hoje na Suíça. Na competição internacional, o filme brasileiro «Luz nas Trevas- A Revolta de Luz Vermelha» ainda inédito no Brasil, também será exibido.

Ney Matogrosso em cena do filme "Luz nas Trevas - A Revolta de Luz Vermelha"
Ney Matogrosso em cena do filme "Luz nas Trevas - A Revolta de Luz Vermelha" Gabriel Chiarastelli/Divulgação
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«Luz nas Trevas» é uma continuação, mas também um remake da obra máxima do cineasta brasileiro Rogério Sganzerla, que estreou em São Paulo, em 1968, e era baseado nas aventuras do Bandido da Luz Vermelha. João Acácio Pereira da Costa, o famoso criminoso, assaltava casas de ricos paulistanos usando uma lanterna com bocal vermelho. A série de crimes cometidos o transformou em celebridade das páginas policiais do jornal paulistano Notícias Populares.

Olivier Père, ex-diretor da Quinzena de Realizadores e novo diretor do Festival de Locarno, é admirador de Rogério Sganzerla, assim como Marco Muller, diretor do Festival de Veneza. Graças a uma indicação de Rachel Monteiro, do Programa Cinema do Brasil, Olivier Père programou também o filme original, de 68, para ser visto pelos que assistirem «Luz nas Trevas». Na história, que se passa 30 anos depois do primeiro filme, o bandido, interpretrado por Ney Matrogrosso, está na prisão quando conhece seu filho que resolve seguir os passos criminosos do pai.

«Luz nas Trevas» tem como co-diretora a viúva de Sganzerla, Helena Ignez, que é também atriz, e duas filhas do cineasta participam, uma na produção e música, Sinai Sganzerla, e outra como atriz, Djin Sganzerla. Todas elas estarão em Locarno para a exibição do filme e encontro com a imprensa.

Outros filmes brasileiros

Locarno terá também sete filmes brasileiros em filmagem ou montagem, de cuja finalização poderão participar produtores estrangeiros. Serão exibidos numa sala especial, para profissionais, com a presença dos seis mais importantes produtores brasileiros. Sarah Silveira estará ausente, pois tem um filme em rodagem em São Paulo.

Haverá ainda dois curta-metragens em exibição em Locarno: um na competição da mostra Leopardos de Amanhã, «Ensolarado», de Ricardo Targino, e outro num programa especial, «Nem Marcha nem Chouta», de Helvécio Marins Jr.

O Festival de Locarno tem filmes do cinema independente de todo mundo, um telão de 300 m2 para projeções noturnas ao ar livre, e a presença da atriz Chiara Mastroianni, filha de Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni. Haverá um Leopardo de Honra para o cineasta suíço Alain Tanner, autor do filme «Charles, Morto ou Vivo» e mais uma dezena de filmes de autor, respeitados pelos cinéfilos europeus.

Colaboração de Rui Martins, correspondente da RFI em Locarno

 

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