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Nobel de Química recompensa invenção de baterias de lítio, alternativa a energias fósseis

O Prêmio Nobel de Química foi concedido nesta quarta-feira (9) ao americano John Goodenough, ao britânico Stanley Whittingham e ao japonês Akira Yoshino, pela invenção das baterias de lítio, presentes atualmente em diversas tecnologias cotidianas. Esse tipo de bateria “abre caminho para uma sociedade livre de combustíveis fósseis”, ressaltou a Academia Real Sueca de Ciências, que concede a homenagem.

Japonês  Akira Yoshino se tornou o mais idoso agraciado com um Nobel, ao ser anunciado como o vencedor do prêmio de Química nesta quarta-feira (9).
Japonês Akira Yoshino se tornou o mais idoso agraciado com um Nobel, ao ser anunciado como o vencedor do prêmio de Química nesta quarta-feira (9). REUTERS/Issei Kato
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Leve e recarregável, a bateria de lítio “pode conservar quantidades significativas de energia solar e eólica”, explica a nota. A pilha hoje é usada em telefones, computadores e veículos elétricos, entre outros.  

As pesquisas sobre o assunto começaram na sequência da crise petrolífera dos anos 1970. Stanley Whittingham passou a procurar fontes de energias não-fósseis e renováveis e inventou um cátodo inovador em uma bateria de lítio, a partir de dissulfeto de titânio (TiS2).

John Goodenough, que aos 97 anos se tornou o mais idoso a receber um Nobel na história da premiação, concluiu que as propriedades deste cátodo poderiam ser potencializadas se ele fosse produzido a partir de óxido metálico, em vez do dissulfeto de titânio. Em 1980, ele demonstrou que a combinação de óxido de cobalto com íons de lítio poderia produzir até 4V.

O trabalho foi coroado com a criação da primeira bateria comercial de lítio, por Akira Yoshino, em 1985. Primeiro metal da tabela periódica de química, o lítio é também o mais leve deles, uma característica que o torna atraente para aparelhos eletrônicos e portáteis.

Sequência de prêmios

O Nobel de Química é o terceiro a ser revelado nesta semana. Na terça-feira, o canadense-americano James Peebles e os suíços Michel Mayor e Didier Queloz receberam a distinção de Física por seus trabalhos em cosmologia.

Na véspera, dois americanos, William Kaelin e Gregg Semenza, e o britânico Peter Ratcliffe receberam o Nobel de Medicina, por suas pesquisas sobre a adaptação das células aos níveis variáveis de oxigênio. Os estudos realizados pelos três cientistas abrem perspectivas para o tratamento do câncer e da anemia.

Nesta quinta-feira, será anunciado o vencedor na categoria Literatura, na sexta, o Nobel da Paz, e na segunda-feira (14), a sequência se encerra com o prêmio de Economia.

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