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50 anos na lua

“Aventura espacial é inspiradora”, diz 1ª astronauta europeia a ir ao espaço

Primeira mulher dos países da União Europeia a ir para o espaço, a francesa Claudie Haigneré revive com nostalgia as comemorações dos 50 anos que o homem pisou na lua. Ela participou de duas missões espaciais: a primeira em 1996, a bordo da estação russa Mir, e a segunda em 2001, na Estação Espacial Internacional (ISS).

Claudie Haigneré
Claudie Haigneré
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Com a experiência, Claudie passou a fazer parte do seleto grupo de 60 mulheres que, até hoje, tiveram o privilégio de deixar o nosso planeta. A maioria delas é americana, mas a pioneira foi a russa Valentina Terechkova, em 1963.

 

“Fazer uma órbita da Terra em 90 minutos é um momento absolutamente magnífico, mágico. Olhar pela janelinha e ver a Terra desfilar diante dos seus olhos”, conta a astronauta francesa, em entrevista à RFI.  

 

Chegada à lua mostrou que sonhos se tornam reais

 

Desde então, ela se tornou uma celebridade em seu país, onde empolga até hoje crianças e jovens a seguir o caminho da ciência – principalmente as meninas. “A aventura espacial é inspiradora, atrai para profissões ligadas à ciência, tecnologia. É uma cultura que incita a ir para frente, a explorar, ir além dos limites – e precisamos muito disso”, afirma. “Se o nosso exemplo pode inspirar tais comportamentos, é ótimo, porque os jovens precisam de modelos e nós precisamos que eles tenham vontade de seguir por esse caminho.”

Missão Apollo 11
Missão Apollo 11 RFI

 

Como milhões de pessoas em todo o globo, Claudie estava grudada na televisão naquele 20 de julho de 1969, quando a missão Apollo 11 desembarcou no maior satélite do sistema solar. “Eu tinha 12 anos e aquilo era como um sonho. Fiquei maravilhada, fascinada, e tive a sensação de que os sonhos, que parecem tão inacessíveis, podem se tornar realidade”, conta a francesa. “Ninguém decide ser astronauta aos 12 anos, mas foi tão forte que isso alimentou a minha imaginação nos anos seguintes.”

 

Lua é etapa para Marte

 

O homem não pisa na lua desde 1972 . Impulsionada pelo presidente Donald Trump, a NASA (Agência Espacial Norte-Americana) pretende repetir a audácia em 2024 – desta vez, levando a bordo a primeira mulher à superfície lunar.

“Hoje, a ideia é poder se instalar, com uma infraestrutura permanente, aprender a viver e trabalhar lá. O desafio é podermos ser construtores, não só exploradores da lua”, indica Claudie, que é casada com um colega também astronauta. “Ainda é difícil de imaginar todos os potenciais que ela nos oferece.”

 

É por isso que não só a NASA, como as principais agências espaciais do mundo veem a lula como uma etapa rumo à mais ambiciosa das missões: desembarcar em Marte. “Depois dessa etapa de instalação, poderemos passar ao passo seguinte da experiência lua”, explica a astronauta.

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