“Brasil está no top 5 das vítimas do ciberataque”, diz especialista
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Um ataque cibernético de escala planetária fez o mundo real tremer nas bases neste final de semana. E a tensão continua, nesta segunda-feira (15), com bilhões de computadores voltando à rotina de trabalho. Para Fábio Assolini, analista de segurança da Kaspersky (gigante russa especializada em softwares de segurança) no Brasil, outros ataques vão acontecer.
Na última sexta-feira (12), mais de 200 mil usuários foram afetados em pelo menos 150 países por um vírus chamado “WannaCry”, que bloqueia arquivos de usuários e exige o pagamento de um resgate – em bitcoins, moeda cibernética de difícil rastreamento - para que o acesso seja recuperado. No Brasil, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e o INSS no Rio de Janeiro foram algumas das instituições atingidas.
“O Brasil está entre os ‘top 5’ dos países mais atingidos”, explica Fábio Assolini. Uma das razões, “é o grande número de cópias pirateadas do sistema Windows, pois muitos usuários e empresas que fazem isso desativam as atualizações de segurança – sem esses updates, as redes ficam vulneráveis”, diz o especialista. “É um problema cultural e financeiro, por causa do preço das licenças”, acrescenta.
Assolini conta que os “ransomware” - vírus que trava sistemas e pede resgate para liberação - não são novidade, o primeiro que se tem notícia data de 1989, época em que ainda se usavam disquetes. Mas a popularização do bitcoin, que não tem lastro e é uma moeda anônima, provocou um “boom gigantesco e a propagação desses ransomware em nível global”, explicou o analista. "E outras pragas cibernéticas vão acontecer", alertou Assolini.
Para saber mais sobre essa poderosa ameaça global, clique na foto de Fábio Assolini.
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