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Supertelescópios Trappist e Spitzer ajudaram a descobrir novos exoplanetas

A comunidade científica está "nas nuvens" com a recente e fascinante descoberta de um sistema de sete planetas da dimensão da Terra. O achado, possível graças aos telescópios Trappist e Spitzer, é um passo vital para os estudos que pesquisam se há vida além do Sistema Solar.

Inauguraçao do telescópio Trappist 1, em outubro de 2016, no Observatório de La Silla, no Chile
Inauguraçao do telescópio Trappist 1, em outubro de 2016, no Observatório de La Silla, no Chile Trappist 1
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O primeiro telescópio a visualizar o novo sistema planetário tem, curiosamente, o nome de uma cerveja belga, Trappist. Pertencente ao Observatório Europeu Espacial baseado no Chile, cientificamente, Trappist é a sigla de «Transiting Planets and Planetesimals Small Telescope ». Com sua lente gigantesca, ele está instalado nas montanhas chilenas de La Silla; e foi em sua homenagem que a estrela-anã vermelha, em torno da qual orbita o novo sistema planetário, foi batizada de Trappist-1.

Trappist e Sptizer, os dois supertelescópios da descoberta

A somente 39 anos-luz da Terra, Trappist 1 é fria e pouco maior do que Júpiter, cuja temperatura é de 2.200°C, enquanto que o Sol está em torno de 6.000°C. Foi seu tamanho pequeno que interessou os astrônomos: quanto menor uma estrela, mais propícia é a possibilidade de planetas girarem em torno dela. Baseando-se nessa teoria, os pesquisadores utilizaram um método que consiste em fixar o telescópio sobre a estrela, determinar sua luminosidade e medir as variações dessa luz quando os planetas passam na frente da estrela, como um mini-eclipse.

Foi esse método que permitiu à equipe de pesquisadores anunciar, no ano passado, a descoberta dos três primeiros planetas em torno da Trappist-1. Mas as observações indicavam que a estrela poderia ter mais vizinhos do que o indicado inicialmente; para aprofundar a experiência, mais cinco telescópios de outros lugares da Terra também entraram nas pesquisas, porém,muitas zonas sombrias dificultavam ainda a coleta de novos dados.

É nessa altura que a NASA entrou em ação com seu telescópio espacial Spitzer, um dos mais poderosos do mundo. Durante vinte dias sem interrupção, a agência espacial americana observou a estrela. Valeu a pena o investimento: descobriu-se que sete planetas giravam em torno da órbita de Trappist-1. Mais surpreendente ainda é que todos eles são semelhantes à Terra: são constituídos de rocha e têm, em média, o mesmo tamanho. Três deles se encontram em zonas que podem abrigar oceanos de água líquida.

Em 2015, cientistas também descobriram um exoplaneta semelhante à Terra.

A descoberta do novo sistema planetário é fruto do trabalho de um consórcio de universidades parisienses associadas à NASA, dos Estados Unidos, ao Centro de Estudos Atômicos e ao CNRS, Centro Nacional de Pesquisas Científica, da França.

Veja o vídeo da NASA sobre os novos planetas em torno da Trappist-1:

 

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