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Paleontologia

Dinossauro gigante inédito é descoberto na Austrália

Paleontólogos anunciaram a descoberta de fósseis de uma espécie inédita de dinossauro gigante, na Austrália. Os ancestrais do animal teriam chegado da América do Sul e passado pela Antártida, há cerca de 105 milhões de anos.

Imagem reconstitui o que seriam Wade e Matilda, representantes das maiores espécies de dinossauros.
Imagem reconstitui o que seriam Wade e Matilda, representantes das maiores espécies de dinossauros. Travis TISCHLER / NATURE PUBLISHING GROUP / AFP
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Batizado de Savannasaurus elliottorum, a espécie de pescoço longo pertencia à família dos saurópodes, a classe de dinossauros que reúne os maiores animais que já viveram na superfície terrestre. Ele era herbívoro e media pelo menos 14 metros.

A descoberta dos restos do animal ocorreu em Queensland, no nordeste da Austrália. Os pesquisadores também identificaram outro fóssil de um saurópode, chamado de Diamantinasaurus matildae. Os resultados das análises foram publicados na revista Scientific Reports.

A equipe de paleontólogos apelidou os dois dinossauros de Wade e Matilda, duas espécies que podem só ter existido na Austrália, conforme os primeiros estudos. A descoberta vai relançar o debate sobre a origem e a data da chegada dos dinossauros no continente.

Alguns especialistas alegam que eles desembarcaram muito antes do período Cretáceo, iniciado há 145 milhões de anos e encerrado há 66 milhões de anos, depois do violento impacto de um meteorito gigante contra a Terra. O fenômeno resultou no desaparecimento de metade dos seres vivos do planeta, entre eles os dinossauros.

Origem sul-americana

O autor principal do estudo, porém, afirma que essa nova descoberta evoca um outro cenário. “Nós sugerimos que os saurópodes descendem de ancestrais sul-americanos”, disse Stephen Poropat, da universidade de Uppsala, na Suécia. Os animais teriam feito um longo caminho terrestre em direção às proximidades da Antártida e seguido até a Austrália.

Durante o Cretáceo, explica o pesquisador, a Antártida era fria demais para permitir a sobrevivência desses enormes herbívoros. Porém, um período de aquecimento ocorreu há cerca de 105 milhões de anos, possibilitando a passagem pelo sul. De acordo com os estudos, o continente gelado era coberto de florestas àquela época.

Com informações da AFP
 

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