Obesidade pode acelerar envelhecimento cerebral, diz estudo
Pessoas obesas ou com peso acima da média apresentam sinais de envelhecimento cerebral mais antecipados que as de peso normal a partir dos 40 anos, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (4) pela Universidade de Cambridge.
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O envelhecimento acelerado é observado essencialmente na chamada massa branca, tecido conectivo que permite a comunicação entre diferentes regiões do cérebro. O cérebro se atrofia progressivamente com a idade tanto na massa branca quanto na cinzenta, que contém os neurônios e permite o armazenamento de informações.
Entre 473 pessoas com idades entre 20 a 87 anos, os pesquisadores descobriram que, a partir dos 40 anos, o cérebro de uma pessoa obesa parece ser dez anos mais velho, de acordo com o estudo publicado na revista Neurobiologia do Envelhecimento.
Por outro lado, não foram observadas diferenças nas capacidades cognitivas medidas por testes convencionais, como o exame de QI.
Fenômeno ainda é incôgnita para especialistas
Lisa Ronan, uma das autoras do estudo, reconheceu à AFP que não poderia dizer exatamente as razões do fenômeno. Ela acrescentou ser impossível, por enquanto, determinar se a obesidade era a “causa” ou a “consequência” dassas mudanças no cérebro.
"Trata-se de um sinal claro que este deve ser um ponto de partida para explorar em mais profundidade os efeitos do peso, dietas e exercícios no cérebro e na memória”, afirmou Sadaf Farooqi, coautor da pesquisa.
Os critérios para “obesidade” e “excesso” de peso são calculados a partir de uma relação entre altura e peso, conhecida como Índice de Massa Corporal (IMC). O estudo em questão reuniu a obesidade e o excesso na mesma categoria, para fins de pesquisa, em comparação ao peso normal.
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