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Avião/Energia solar

Avião Solar Impulse completa com sucesso volta ao mundo

O avião Solar Impulse 2 (SI2), movido exclusivamete a energia solar, encerrou nesta terça-feira (26) sua volta ao mundo com sucesso. O aparelho, que havia decolado no dia 9 de março do ano passado percorreu 43.041 km, atravessando quatro continentes sem uma gota de combustível. O avião aterrisou em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, no mesmo local de onde havia partido em 2015.

O avião Solar Impulse 2 sobrevoando o Havaí, no dia 27 de março de 2016.
O avião Solar Impulse 2 sobrevoando o Havaí, no dia 27 de março de 2016. EUTERS/Solar Impulse 2/Jean Revillard/Handout
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O SI2 pousou às 04h05 locais (21h05 de segunda-feira, hora de Brasília), concluindo a última etapa de sua inédita viagem de volta ao mundo, usando o sol como única fonte de energia. A aeronave tinha decolado no domingo (24) do Cairo, no Egito, e no último trecho de seu voo histórico foi pilotada, durante 49 horas, pelo suíço Bertrand Piccard. Ao todo, o avião somou 23 dias efetivos de voo, em 17 etapas, e foi também pilotado por André Borschberg. A aventura tinha o objetivo de promover as energias renováveis.

"O futuro é limpo. O futuro são vocês. O futuro é agora, vamos além", disse Piccard, ao desembarcar do avião. "É emocionante voar a bordo de um avião que não faz barulho e não polui", festejou. O suíço tem sangue desbravador. Seu avô foi o primeiro homem a chegar à estratosfera e o pai, o primeiro a atingir o ponto mais profundo dos oceanos. "Lancei o projeto solarimpulse em 2003 para transmitir a mensagem de que as tecnologias limpas podem conseguir o impossível", declarou mais cedo no Twitter.

André Borschberg, também suíço, destacou no Twitter que o Solar Impulse 2 "é ao mesmo tempo o primeiro avião com resistência ilimitada e a única aeronave experimental autorizada a sobrevoar as cidades". Borschberg entrou para a história ao realizar o mais longo voo solitário da história. Ele foi o piloto da etapa que cruzou os quase 9.000 km do Oceano Pacífico em menos de 5 dias e 5 noites.

Feito tecnológico

O SI2 pesa uma tonelada e meia e é mais largo do que um Boeing 747. Ele tem uma velocidade média de 80 km/h e é movido à energia solar captada por 17.000 células fotovoltaicas, situados nas asas do avião. "Parece ficção científica, mas essa é a realidade atual", ressaltou Piccard. Ele disse no entanto que será necessário esperar para ver um avião solar transportar passageiros. No entanto, previu que, em breve, aeronaves elétricas, abastecidas em terra, estarão voando.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou sua "profunda admiração" por esta iniciativa. "É um dia histórico não só para vocês, mas também para a humanidade", acrescentou Ban em uma conversa com Piccard transmitida ao vivo.

O SI2 continuará fazendo voos de demostração para difundir a utilidade das energias renováveis na aviação e os dois pioneiros têm a intenção de escrever um livro sobre essa aventura.

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