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OMS recomenda que grávidas evitem viagens a áreas afetadas por zika

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselhou nesta terça-feira (8) que mulheres grávidas não viajem para zonas afetadas pelo zika, precisando que, segundo vários indícios, este vírus pode provocar malformações congênitas.

Pesquisadora trabalha no desenvolvimento de um repelente contra mosquitos transmissor do zika.
Pesquisadora trabalha no desenvolvimento de um repelente contra mosquitos transmissor do zika. REUTERS/Ivan Alvarado
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Em comunicado divulgado após a segunda reunião do comitê de emergência sobre a rápida difusão da doença, a OMS julgou necessário "aconselhar as mulheres grávidas que não viajem para áreas onde há um surto atual de zika".

Anteriormente, a OMS já tinha alertado as mulheres grávidas que viajam para áreas afetadas sobre os riscos inerentes à zika. Para a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, "não temos que esperar até que tenhamos provas definitivas", antes de desaconselhar viagens para zonas afetadas pela zika às mulheres grávidas.

"A transmissão local já foi registrada em 31 países e territórios da América Latina e Caribe", afirmou. Além disso, segundo Chan, "uma vez que esta comissão de emergência sobre o vírus zika se reuniu pela primeira vez em fevereiro, a pesquisa clínica e epidemiológica nova e substancial reforçou a parceria entre o fato de contrair zika e a existência de malformações fetais e distúrbios neurológicos".

"No que diz respeito à ligação com malformações fetais, o vírus foi detectado no fluido amniótico. Há indícios de que pode atravessar a placenta e infectar o feto. Pode concluir-se que o vírus é neurotrópico, e a zika afeta principalmente os tecidos do cérebro", disse a diretora.

Brasil

Segundo Chan, "a microcefalia é apenas uma das anormalidades congênitas documentadas que se associam ao fato de contrair zika durante a gravidez".

O vírus da zika está presente na América Latina. Acredita-se que tenha causado pelo menos centenas de casos de microcefalia em bebês de mães infectadas. Esta má-formação grave e irreversível é caracterizada por um tamanho anormalmente pequeno do crânio em recém-nascidos.

O Brasil detectou no final de 2015 um aumento incomum nesta malformação congênita na região nordeste. A microcefalia danifica o cérebro e limita o desenvolvimento motor e intelectual.

As autoridades estimam que um milhão e meio de pessoas foram infectadas pelo vírus da zika no Brasil. Cerca de 80% dos casos são assintomáticos. De acordo com um estudo de caso em Guadalupe (Antilhas Francesas), o vírus da zika também pode causar uma doença grave nos quatro membros chamada mielite aguda.

(Informações da AFP)

 

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