Cientistas americanos criam processador com nanotubos de carbono
Um grupo de pesquisadores americano construiu em laboratório o primeiro computador com nanotubos de carbono, dez mil vezes mais finos que um fio de cabelo. Um material que deverá inovar na concepção dos processadores e substituir o silício, normalmente utilizado na fabricação de equipamentos para informática.
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O protótipo foi apresentado pelos cientistas Philip Wong e Subhasish Mitra, da universidade americana de Stanford.
O estudo publicado nesta quarta-feira pela revista Nature é considerado como um verdadeiro feito, já que os nanotubos metálicos são difíceis de serem integrados em circuitos elétricos clássicos, pois são condutores naturais.
Os dois cientistas buscaram uma maneira de neutralizá-los, e em seguida fabricaram uma série de transistores formados por nanotubos semi-condutores, que funcionam mesmo sem estarem perfeitamente alinhados.
O resultado é um processador de 1KHz, suficientemente potente para rodar um sistema operacional, e capaz de executar cálculos paralelos.
Mesmo sendo milhões de vezes mais lento do que um computador moderno, a descoberta abre infinitas possibilidades em pesquisas na área.O material também deverá ganhar um grande destaque na concepção de computadores no futuro.
Sólidos e flexíveis, além de excelentes condutores de eletricidade, os nanotubos surgem como uma alternativa ao silício, cujas reservas são limitadas.
A questão agora, lembram os cientistas, é saber se esses tipos de computadores poderiam ser construídos em escala industrial e substituir os equipamentos que existem atualmente.
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