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Medicina / Pesquisa

Cientistas japoneses criam fígado a partir de células-tronco

Pesquisadores japoneses criaram um fígado a partir de células-tronco pluripotentes humanas, de acordo com uma notícia publicada nesta sexta-feira por um jornal japonês. Essa experiência pode ser o primeiro passo que conduz à fabricação de órgãos artificiais para as pessoas na fila de espera por um transplante.

A experiência japonesa de criação de um fígado a partir de células-tronco pode abrir caminho para a fabricação de órgãos para transplantes.
A experiência japonesa de criação de um fígado a partir de células-tronco pode abrir caminho para a fabricação de órgãos para transplantes. Getty Images/Spencer Platt
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Uma equipe de cientistas dirigida pelo professor Hideki Taniguchi da universidade de Yokohama, ao sul de Tóquio, implantou células-tronco pluripotentes humanas (iPS) na cabeça de um camundongo afim de beneficiar de um afluxo sanguíneo abundante. Programadas como células precursoras do fígado e associadas a outros tipos de células, elas deram origem a um fígado humano de cinco milímetros capaz de gerar proteínas e decompor medicamentos, explicou o diário japonês Yomiuri.

Esse avanço abre caminho para a fabricação de órgãos artificiais, o que poderia amenizar o problema da falta constante de órgãos para transplante.

As células-tronco são em geral retiradas de embriões, uma prática que certas pessoas julgam imoral. Já as células-tronco pluripotentes são por sua vez criadas em laboratório por meio da implantação de quatro tipos de genes em células de pele humana para reprogramá-las. As células-tronco pluripotentes geradas dessa maneira voltam a um estado quase embrionário, ou seja, não diferenciado, e têm a capacidade de se desenvolver em qualquer tecido.

O Japão está muito envolvido nesse tipo de pesquisa. Duas equipes de pesquisadores, nos Estados Unidos e no Japão, descobriram as células-tronco pluripotentes em 2006. Mas ainda há muitos obstáculos a ultrapassar, pois o método atual de criação das células iPS - que recorre a retrovírus para transportar os genes reprogramadores - é suscetível de despertar genes que provocam o desenvolvimento de tumores cancerígenos.

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