Brasil e Emirados Árabes concluem acordos de investimentos e defesa
Os Emirados Árabes Unidos e o Brasil assinaram uma série de acordos neste domingo (27), durante a visita do presidente brasileiro Jair Bolsonaro a Abu Dhabi, em sua primeira viagem oficial ao mundo árabe. O objetivo é ampliar parcerias envolvendo fundos de investimentos em setores como agronegócio, infraestrutura, energia e defesa, de acordo com uma declaração conjunta.
Publicado em: Modificado em:
O Brasil tem interesse especial nos Emirados Árabes Unidos como porta de entrada para a facilitação do acesso de produtos brasileiros a mercados de terceiros países, sobretudo na Ásia, diante da localização estratégica, da infraestrutura avançada e do ambiente de negócios dinâmico dos Emirados, de acordo com a declaração conjunta divulgada pelo Itamaraty.
"Ambos os líderes ressaltaram a excelente cooperação econômica entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos e manifestaram a determinação de fortalecê-la ainda mais. Ao recordarem os já expressivos investimentos mútuos, identificaram convergências e iniciativas conjuntas prioritárias com vistas à ampliação de parcerias envolvendo fundos de investimentos em setores como agronegócio e segurança alimentar, infraestrutura, transportes, energia, defesa e inovação, visando a benefícios mútuos para os povos e as economias de ambos os países", afirmou o texto.
As duas partes ainda assinaram acordos nos campos de inteligência artificial, meio ambiente, defesa, comércio e cooperação aduaneira, acrescentou.
Próxima parada: Catar e Arábia Saudita
Bolsonaro chegou aos Emirados Árabes Unidos no sábado (26) para uma visita de três dias. Na sequência, o presidente viajar para o Catar e a Arábia Saudita, onde participará na terça-feira (29) do fórum Future Investment Initiative (FII), apelidado de "Davos do deserto". Políticos e grandes empresários são esperados no evento.
"O presidente brasileiro Jair Bolsonaro e eu presidimos a troca de acordos e memorandos de entendimento entre nossos dois países", tuitou o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed al-Nahyan, depois do encontro. "Estamos buscando implementar projetos conjuntos que ajudem a diversificar a cooperação e fortalecer nossa amizade", acrescentou.
A forte participação anunciada no “Davos do deserto” também será uma oportunidade para a Arábia Saudita reabilitar a imagem do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, manchada após o assassinato de um jornalista crítico ao regime.
Com informações da Reuters e AFP
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro