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Foto/Arles

Brasil visto por 12 jovens artistas é destaque no festival de fotos de Arles, no sul da França

A fotografia é a língua franca durante os Encontros de Arles, no sul da França, a partir de 1° de julho até 22 de setembro, encontro obrigatório para os apaixonados e profissionais da imagem fixa.

O coletivo Iandé, de fotografia brasileira, expõe em Arles.
O coletivo Iandé, de fotografia brasileira, expõe em Arles. Reprodução
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Em 2019, os Encontros de Arles comemoram 50 anos e a programação promete. Para marcar a data, o diretor do evento Sam Stourdzé anunciou 51 exposições espalhadas pela charmosa cidade romana de Arles, que também foi uma das paragens de Van Gogh. O belo cenário natural serve de moldura para a manifestação internacional, revelando tendências e resgatando tesouros.

O Brasil tem destaque na Fundação Manuel Rivera-Ortiz, com a mostra “What’s going on in Brazil?”, apresentado pelo coletivo Iandé, sediado em Paris. Segundo a curadora Ioana Mello, o objetivo foi “tentar mostar, através do olhar de 12 jovens fotógrafos os rumos atuais do Brasil. Entre os temas abordados estão a questão dos índios, ecologia e LGBT”.

Os fotógrafos presentes são: Ana Carolina Fernandes, Daniel Marenco, Dayan de Castro, Elsa Leydier, Felipe Fittipaldi, Fran Favero, Janine Moraes, Karime Xavier, Luiz Baltar, Pedro Kuperman, Shinji Nagabe e Simone Rodrigues. Nagabe, baseado na Espanha, concorre ao prêmio de novos talentos do festival.

Muitos pontos fortes

Uma volta ao passado vai reconstituir uma das exposições do primeiro encontro, em 1970, dedicado às imagens clássicas do americano Edward Weston, com impressões originais.  

Outro destaque histórico vai para Helen Levitt, americana que retratou crianças e grafites nas ruas de Nova York à partir de 1930. Imagens inéditas da alemã Germaine Krull, famosa por sua fotografia industrial e de guerra, mostram a viagem de barco que fez, em 1941, de Marselha ao Rio de Janeiro. Um dos companheiros de viagem foi o escritor francês André Breton.

Muitas seções estão agregadas em temáticas mais amplas, como “Morar” ou “Lar, Doce Lar”, a respeito do apego visceral dos britânicos à decoração interior de suas casas.

O corpo, a era soviética, os desafios pessoais, as consequências da modernidade tóxica, arquivos militares – toda inspiração é válida para um olhar diferente.

Pegadas americanas

A organização parece que ouviu as críticas a respeito de poucas mulheres artistas presentes nas edições anteriores e traz mais obras de fotógrafas. Como uma exposição dedicada a três grandes nomes dos anos 1970 nos Estados Unidos: Eve Arnold, Abigail Heyman e Susan Meiselas.

Outra atração impossível de ignorar, pois é visível em toda a cidade, é a sede da Fundação Luma, uma torre prateada e brilhante projetada pelo americano Frank Gehry.

A edição de 2018 dos Encontros de Arles recebeu 140 mil visitantes.

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