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Dúvida sobre identidade sexual é principal motivo para 20% dos jovens brasileiros se autoflagelarem, diz ministra Damares Alves

Governo brasileiro revela preocupação com altos índices infantis de suicídio, autoflagelação e estupro. A ministra brasileira da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, revela que, por ano, 14 milhões de crianças brasileiras se autoflagelam, 1.500 crianças indígenas enterradas vivas e que cresce o estupro de recém-nascidos.

A ministra Damares Alves, em Buenos Aires. 31/05/19
A ministra Damares Alves, em Buenos Aires. 31/05/19 Foto: Marcio Resende / RFI
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Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires

Durante reunião com os legisladores argentinos da bancada pró-vida do Parlamento, a ministra brasileira revelou que "o suicídio de jovens no Brasil já é o quarto motivo de mortes entre crianças e adolescentes no Brasil".

A ministra deixou legisladores argentinos estarrecidos com o relato sobre os silenciosos problemas que crianças e adolescentes enfrentam no Brasil e que o governo do presidente Jair Bolsonaro resolveu combater.

"Temos crianças de seis anos que se autoflagelam. 20% dos nossos jovens cortam-se. Estão-se ferindo nos braços, nos genitais, dentro da boca. Cortam também o estômago. São 14 milhões de jovens e adolescentes que estão se cortando", descreveu a ministra.

Como efeito colateral da autoflagelacão de jovens no Brasil, a ministra apontou outra preocupação: a do contágio de doenças sexuais a partir das lâminas que usam para se cortarem.

"Esses jovens compartilham lâminas para se cortarem. Escondem as lâminas no banheiro das escolas. Esse fenômeno vai começar a transmitir doenças sexualmente contagiosas. Estamos preocupados", disse Damares Alves, que veio a Buenos Aires para a Reunião de Altas Autoridades de Direitos Humanos dos países do Mercosul.

Confusão sexual

Em relação aos motivos que levam os jovens brasileiros a esse autoflagelo, a ministra identificou a ausência familiar, o bullying e o abuso sexual.

"Essas crianças não se cortam porque querem aparecer, mas porque estão em profundo sofrimento", esclareceu.

Porém, o principal motivo para esse fenômeno, segundo Damares Alves, é a confusão criada nas crianças quanto a sua sexualidade.

"O principal motivo é a dúvida quanto à sua identidade sexual", afirmou. "Nós estamos confundindo essas crianças quanto ao seu gênero. Há uma ausência da família. O governo quer fazer o resgate da família brasileira", defendeu.

Outro fenômeno que afeta as crianças brasileiras é um alarmante número de estupros de bebês. A ministra revela um comércio ilegal no submundo da "deep web" onde os pedófilos encontram-se em foros subterrâneos para trocarem vídeos, fotos e relatos.

"Eu conhecia casos de estupro de bebês de 29 dias de vida, mas é comum encontrar imagens de bebês de 22 dias. Recentemente, soube do estupro de um bebê de apenas 8 dias. A imagem de uma criança custa 8 mil reais, mas a de um bebê custa 50 mil", contou Damares Alves aos boquiabertos legisladores argentinos.

E prosseguiu: "Há fotos de pais que abusam dos seus próprios bebês. Pais que desejam sexualmente o bebê ainda na barriga da mãe. Num diálogo, por exemplo, o pai diz que o bebê ainda está na barriga, mas que o casal já está fazendo planos. Há ainda casais que geram bebês por 20 mil reais para serem abusados por pedófilos".

"As famílias brasileiras escolheram o presidente Jair Bolsonaro para pedirem socorro. Todas as políticas do governo têm a família como foco principal", apontou.

A ministra Damares Alves participou de um encontro com deputados argentinos da bancada "pró-vida".
A ministra Damares Alves participou de um encontro com deputados argentinos da bancada "pró-vida". Foto: Marcio Resende / RFI

Crianças enterradas vivas

Por último, a ministra indicou que outro desafio do governo é resgatar as crianças que as tribos indígenas brasileiras vão matar.

Segundo a ministra, no Brasil, há 305 povos indígenas dos quais 40 matam crianças. São 1.500 crianças enterradas vivas por ano.

Na cultura desses povos, quando nascem gêmeos, os índios acreditam que há um bebê do bem e outro do mal. Filho de mãe indígena solteira também é morto. Qualquer doença física ou mental, é motivo para matarem as crianças.

"Enterram-nas vivas", exclamou a ministra, recordando que tem uma filha indígena adotada. "A mãe da minha filha tinha 12 anos quando a pariu. Ia enterrar a filha viva. Eu a salvei", contou.

"Os antropólogos defendem o direito de o índio matar. Dizem que os índios fazem um ‘aborto tardio’ porque, como a índia não sabe abortar, mata o bebê quando nasce", criticou.

Neste ponto, Damares Alves foi acompanhada por integrantes de movimentos argentinos que lhe agradeceram por ter ajudado, no passado, a também salvar crianças que seriam mortas por tribos argentinas.

"A mãe indígena não quer matar. Todas as mães são apaixonadas pelos seus filhos. Elas querem salvar os seus bebês. E nós queremos uma nação viva, uma nação feliz. Este é um governo pró-vida", defendeu. "Estamos a viver uma contra-revolução cultural no Brasil", concluiu a ministra Damares Alves.

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