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Linha Direta

Jair Bolsonaro quer mostrar resultados em cem dias

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Empossado, Jair Bolsonaro quer mostrar um choque de gestão nos cem primeiros dias de seu governo. Para isso, incumbiu todos os ministros de listar ao menos dois projetos prioritários de cada pasta que terão data limite para sair do papel.

Jair Bolsonaro desfila em carro aberto em Brasília, 1° de janeiro de 2019.
Jair Bolsonaro desfila em carro aberto em Brasília, 1° de janeiro de 2019. REUTERS/Ricardo Moraes
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Com informações da correspondente da RFI em Brasília, Raquel Miúra

Um dos filhos do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, disse que medidas na área econômica serão prioridade e que a reforma da Previdência está mesmo em gestação.

Bolsonaro deu carta branca para seus ministros definirem prioridades. "Eu acredito que o Paulo Guedes, da Economia, apresente sim em cem dias a proposta de reforma da previdência. Os termos dela estão em estudo, mas entre poucas pessoas, para que não haja ruídos na comunicação", afirmou o parlamentar.

O chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni, afirmou que outro foco será simplificar o sistema tributário e reduzir a burocracia, melhorando a vida das empresas. "Depois das transmissões de cargo, nesta quarta-feira, a gente vai mergulhar mesmo e com certeza uma das prioridades é a simplificação", disse.

E já no dia da posse o governo editou decreto sobre o salário mínimo. É que a expectativa de inflação caiu e o valor aprovado pelo Congresso, que elevou o piso para R$ 1.006,00 foi revisto para baixo, será de R$ 998,00.

Segurança

No discurso de posse, Jair Bolsonaro pediu apoio do Congresso para aprovar um projeto que dê salvaguardas às ações policiais, a fim de evitar que eles respondam a processo por ações durante o trabalho. “Não podemos punir quem nos defende e defende as nossas famílias”, disse Bolsonaro.

Num tom de palanque e muito pouco conciliador, ele deixou claro que seu governo será conservador e de direita. O presidente falou em respeitar diferenças, mas disse que não aceitará ideologia de gênero nem tendência ideológica nas relações exteriores e parlamentares.

"Foi um dia em que povo começou a se libertar do socialismo, do gigantismo estatal e do politicamente correto. Vamos unir o povo, valorizar a família, respeita as religiões e a tradição judaico cristã. O Brasil estará livre das amarras ideológicas", afirmou o presidente.

Para apoiadores de Bolsonaro, um dos desafios continua sendo a interface com o Congresso. O deputado Capitão Augusto, do PR, diz que negociar apenas com frentes temáticas não garante voto na hora H.

"Acho que ainda falta interlocução, mais presença do governo na Câmara, mais negociação. Essa tática de fechar apoio com frentes temáticas não funciona. São os líderes partidários que indicam o voto", afirmou.

No início de fevereiro, Câmara e Senado realizam eleições internas para a escolha do comando das duas Casa.

 

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