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“Nosso trabalho é mais valorizado fora do Brasil”, diz Sandra Veloso, do Balé Folclórico de Fortaleza

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Há 25 anos o Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza divulga a cultura brasileira dentro e fora do país. O grupo termina nesta terça-feira (14) uma turnê de mais um mês pela França, onde participou de diversos festivais de cultura popular. Em entrevista à RFI, Sandra Veloso, a fundadora da companhia fala do interesse dos estrangeiros pelo trabalho do Balé, que encontra muito mais reconhecimento fora do Brasil.

Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza promove no exterior manifestações culturais de todas as regiões do Brasil
Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza promove no exterior manifestações culturais de todas as regiões do Brasil Divulgação
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China, Estados Unidos, Bélgica e Senegal são alguns dos países por onde a companhia cearense passou nos últimos anos, sempre propondo uma mistura de ritmos, numa tentativa de compilar no palco a cultura brasileira. “Mostramos as manifestações culturais de todas as regiões: um pouco do Rio Grande do Sul, Amazonas, Pará, Nordeste e Sudeste. Ressaltamos também a nossa terra, o Ceará, com os nossos ritmos tradicionais e damos um destaque para o maracatu”, enumera Sandra Veloso, que termina a turnê na França na cidade de Montréjeau, quase na fronteira com a Espanha, onde se apresentou no festival Folkolor.

“A receptividade dos franceses é sempre muito boa. Eles ficam encantados com a diversidade da cultura brasileira”, conta a fundadora e coordenadora do grupo, que passou por outros sete festivais em diferentes cidades da França. “O carro-chefe é o samba. Mas eles também gostam das danças que têm muito ritmo, como o axé, o frevo e o forró, já que é bastante conhecido na Europa”, detalha.

A companhia é composta por 60 pessoas, mas apenas a metade da trupe faz parte da turnê internacional. Durante as viagens, eles se apresentam ao lado de grupos folclóricos vindos de países tão diferentes quanto Armênia, Quênia ou Polônia, como foi o caso do festival Folkolor, que encerra a turnê dos cearenses.

O frevo é um dos ritmos mais apreciados pelo público do Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza, mas o samba continua sendo o carro-chefe da companhia.
O frevo é um dos ritmos mais apreciados pelo público do Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza, mas o samba continua sendo o carro-chefe da companhia. Divulgação

Sandra explica que o objetivo da companhia é mostrar as especificidades da cultura brasileira, mas nem sempre encontra espaço para fazê-lo no Brasil, apesar da existência de alguns festivais. “Buscamos manter esse trabalho para que haja uma sensibilização da nossa população e principalmente dos nossos dirigentes para que possam criar novas políticas para dar espaço para a cultura do Brasil. Temos uma valorização intensa, mas infelizmente fora do nosso país”, deplora.

Mas para ela, a participação em eventos internacionais pode ter um impacto no interesse dos próprios brasileiros. “Sempre que temos a oportunidade de fazer essas apresentações nós trazemos um pouco dessa força que vem de fora para mostrar ao nosso povo a importância desse trabalho”, finaliza.

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