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Brasil-Mundo

Brasileiro promove futebol em Israel

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Um brasileiro está na ponta de lança de eventos internacionais envolvendo futebol em Israel. O carioca Mauro Rozenszajn planeja revolucionar o esporte bretão no país do Oriente Médio, levando para Israel jogadores brasileiros para inspirar novas gerações de esportistas.

O advogado Mauro Rozenszajn quer revolucionar o futebol em Israel.
O advogado Mauro Rozenszajn quer revolucionar o futebol em Israel. Foto: Daniela Kresch
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Daniela Kresch, correspondente da RFI Brasil em Tel Aviv,

Seu mais recente projeto, através da empresa que criou, a MTR7, é o “Shalom Game”, um amistoso em prol da paz em Jerusalém com a participação de ex-jogadores da Seleção Brasileira. Eles vão jogar contra um time formado por ex-ídolos da Seleção de Israel, incluindo jogadores judeus, árabes e cristãos.

Mas Mauro já realizou diversos outros projetos, entre eles uma escola de futebol para crianças com o nome de Ronaldinho Gaúcho, que abrirá as portas em setembro.

“Eu tinha um projeto de abrir uma escola”, diz Mauro. “Estudando o país, a gente percebe que a taxa de crianças em idade escolar é muito alta, em Israel. Crianças são apaixonadas por futebol. Hoje, o futebol já é o esporte mais praticado aqui. Os pais podem arcar e querem arcar com uma escola de qualidade. Então eu comecei a procurar uma marca internacional que pudesse exatamente preencher essa lacuna. Procurei algumas marcas e a do Ronaldinho foi a que se encaixou melhor”.

Aos 36 anos, casado e pai de 3 filhos, Mauro Rozenszajn imigrou para Israel há cerca de um ano. Formado em Direito, ele passou dez anos trabalhando como advogado civil na firma de seu pai, no Rio de Janeiro.

Mas decidiu fazer uma mudança radical, levando sua família para um país onde, segundo ele, pode dar um futuro melhor a seus filhos. Judeu religioso, ele também considera importante estar no único país com maioria judaica do mundo.

Um dos aspectos da mudança foi também a busca por uma carreira que incluísse o futebol, uma paixão de toda a vida.

“Eu comecei a procurar alguma coisa que eu gostasse, que eu soubesse e que eu pudesse trabalhar em Israel e aí o futebol se encaixou nisso”, explica Mauro. “Comecei a estudar futebol, fiz cursos e abri uma empresa no Brasil para trabalhar com projetos que eu comecei a botar no papel. E aí foram chegando projetos, acabei viajando para Israel algumas vezes e aí foi galgando até chegar um ponto em que eu falei: ‘Dá para viajar agora porque posso começar a fazer alguma coisa’”.

Um passado nos gramados

Mauro começou a jogar futebol, no Brasil, com 8 anos de idade. Apesar de ser botafoguense, começou jogando no Flamengo, com passagens também pelo Fluminense, pelo Vasco da Gama e pelo Clube Hebraica. Até os 12 anos, conheceu ídolos do futebol brasileiro. Mas, mesmo continuando a jogar até os 19 anos, ele acabou preferindo a carreira de advogado.

“Comecei a jogar com 8 anos, fiz escolinha no Flamengo e, por acaso, um dia faltou goleiro num campeonato e então acharam que eu joguei bem. Me chamaram e eu passei a fazer parte do elenco do sub-8. No primeiro mês eu já era titular e não parei”, lembra o advogado carioca. “Tive a oportunidade de jogar com pessoas que marcaram a minha vida e hoje vejo sempre nos jornais. Como o Adriano, o Imperador, do Inter, e alguns treinadores, como o Zé Ricardo que hoje está assumindo o Botafogo. Fui o primeiro capitão dele do Flamengo”.

Como ex-jogador e conhecedor do futebol brasileiro, Mauro quer mudar a cara do esporte em Israel. Uma das mudanças que ele almeja implementar é o futebol de salão para as crianças, que são o futuro do esporte.

No Brasil, até os 12 anos, as crianças jogam futsal antes de passar para os grandes gramados. A bola é menor, assim como o campo. Mas em Israel, todos já querem começar num campo enorme.

Segundo Mauro, os israelenses recebem os brasileiros de braços abertos. Mas nem tudo são flores na difícil adaptação no novo país: “Ser brasileiro me abriu algumas portas, ter jogado futebol e conhecer um pouco do ramo também. Mas foi muito difícil. Está sendo difícil. É um país novo, é uma língua diferente, são negociações que realmente mudam de lugar para lugar. Então a gente teve que correr muito atrás para conseguir chegara àquilo que a gente almeja”.

 

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