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Peru/Cúpula das Américas

Peru, palco de escandâlos presidenciais, recebe Cúpula das Américas

A 8a Cúpula das Américas começa nesta sexta-feira (13), em Lima, com algumas ausências notórias, como a do presidente norte-americano, Donald Trump, que decidiu não viajar para acompanhar a crise na Síria.

Preparativos para a Cúpula das Américas, em Lima.
Preparativos para a Cúpula das Américas, em Lima. REUTERS/Ivan Alvarado
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Do enviado especial da RFI a Lima, Éric Samson

Trump será representado pelo vice Mike Pence.

O tema central do encontro vai ser a governabilidade democrática diante da corrupção, assunto que o Peru, país anfitrião, é um caso de estudo, como prova a história de cada um de seus presidentes.

No Peru, praticamente todos os ex-presidentes dos últimos 25 anos estão foragidos, na prisão ou são suspeitos de corrupção.

Eleito há menos de dois anos, Pedro Pablo Kuczinski é o último da série: ele deixou o cargo no dia 21 de março por causa de envolvimento no escândalo Odebrecht e suspeita de ter comprado votos no Congresso para evitar a destituição. Sua casa foi vasculhada e ele não pode deixar o país.

Escandâlos em série

Seu antecessor, Ollanta Humala, e a mulher deste estão em prisão preventiva, também acusados de terem recebido propina da empreiteira brasileira. Alan Garcia, duas vezes presidente, entre 2006 e 2011, responde a um inquérito. Alejandro Toledo, presidente de 2001 a 2006, está foragido nos Estados Unidos. Isso sem falar do ex-presidente Alberto Fujimori, que recentemente recebeu um perdão presidencial de Kuczynski. Ou seja, o painel institucional do Peru é um desastre.

Para o primeiro-ministro peruano, César Villanueva, esse painel sombrio traz, apesar de tudo, esperança, ao mostrar que os mais altos escalões não escapam da justiça.

Promessa antiga

O novo presidente Martin Vizcarra prometeu fazer da luta anticorrupção sua prioridade. Uma promessa que os peruanos já ouviram outras vezes.

Michel Temer representa o Brasil no encontro. Em sua ausência, a presidência do país será ocupada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, até amanhã.

O Brasil não tem vice-presidente no momento, mas os seguintes na linha sucessória, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, também estarão no exterior.

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