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RFI Convida

“Produzimos 45% de toda a proteína do Brasil sem desmatar”, diz governador do Mato Grosso na China

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Diante do apetite crescente dos chineses para investir no Brasil e das dificuldades do país em buscar recursos próprios para se desenvolver sozinho, são cada vez mais frequentes as missões granizadas por todas as instâncias de governo ao Império do Meio. Há dois meses, esteve em Pequim o presidente brasileiro Michel Temer. Agora é a vez do governador do Mato Grosso, Pedro Taques, que trouxe uma grande comitiva para uma missão de negócios de uma semana na China. O RFI Convida hoje Pedro Taques para falar das necessidades de investimentos no estado e de como pretende atrair empresas chinesas

Pedro Taques, governador do Mato Grosso.
Pedro Taques, governador do Mato Grosso. Divulgação/José Medeiros
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“É importante dizer que Mato Grosso já é conhecido aqui na Ásia, notadamente na China, uma vez que a China é o nosso maior parceiro comercial. A China tem um volume de habitantes que todos conhecem, assustador, e a tendência é crescer. Como a classe média chinesa está crescendo, a possiblidade de compra de alimentos vindos do Brasil é maior e, especificamente, do Mato Grosso. Então, as perspectivas são as melhores possíveis. Nós temos que aumentar o estoque de alimentos no mundo em 60% e a maior parte (da capacidade deste aumento) está em Mato Grosso”, defende o governador.

“Hoje, já produzimos 25% de toda a proteína no Brasil e podemos chegar a 45% de toda a proteína do Brasil sem desmatar uma árvore. E os chineses estão interessados nisso, em qualidade desta alimentação, o que nós produzimos”, diz Taques sobre as expectativas para a missão de uma semana na China.

China deve ajudar o desenvolvimento do Mato Grosso

O governador afirmou que espera que as empresas chinesas se instalem no Mato Grosso e ajudem a desenvolver o estado: “Nós firmamos dois protocolos de intenção aqui em Pequim. Um com uma indústria de drones agrícolas   e eles nos doaram um para a agricultura familiar  , que tem interesse de montar uma fábrica lá em Mato Grosso, notadamente na ZPE para exportar para toda a América do Sul, porque o Mato Grosso é um ponto estratégico”.

“O segundo é com uma empresa de placas fotovoltaicas para energia solar. Assinamos esse memorando e eles também têm interesse de se instalar lá no Brasil, a partir do Mato Grosso. Por que isso? Porque nós já somos parceiros comerciais. Então, para assegurar a segurança alimentar da China, o Mato Grosso é importante. Por isso, eles precisam investir em energia, em transportes e rodovias lá, para que nós mantenhamos este crescimento da indústria da agricultura e possamos trazer para cá as empresas”, diz Taques.

“O que é o recado que eu dei para eles? Nós queremos continuar a exportar commodities, produtos primários, mas precisamos verticalizar a produção, porque a soja, ela tem que ser transformada em porquinho, em aves, o milho tem que ser transformado em etanol, em DDG, para que os bois possam comer. Queremos exportar carne, produtos industrializados porque gera mais empregos, mais renda. Essa é a mensagem que eu quis deixar aqui”, conclui o governador do Mato Grosso.

(Para ouvir a entrevista na íntegra, basta clicar acima na foto que ilustra esta matéria)

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