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Brasil/Itália

Prisão de Cesare Battisti é destaque na imprensa italiana

A prisão do ativista Cesare Battisti, detido nesta quarta-feira (4) na fronteira do Brasil com a Bolívia, repercutiu imediatamente na imprensa italiana. Condenado à prisão perpétua por assassinato em seu país, ele está refugiado desde 2004 no Brasil.

Cesare Battisti está refugiado no Brasil desde 2004.
Cesare Battisti está refugiado no Brasil desde 2004. REUTERS/Nacho Doce
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Logo após a divulgação da notícia pela imprensa brasileira, a mídia italiana repercutiu a detenção em Corumbá. Trazendo informações do jornal brasileiro O Globo,Il Fatto Quotidiano explica que Battisti tentava deixar o país. “Ele foi preso pela Polícia Rodoviária Federal durante uma blitz banal”, relata. Libero Reporter afirma que "como em 2004, Battisti tentava fugir para escapar da extradição", enquanto o jornal La Stampa traz um perfil completo do fugitivo, mas dá poucos detalhes sobre a prisão.

O canal de televisão Rai apresenta Battisti como “ex-terrorista” e diz que “sua fuga estaria associada à intenção do presidente Michel Temer de conceder a extradição solicitada pela Itália”. O site da emissora explica que no dia 25 de setembro Roma apresentou um novo pedido para rever a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, no último dia de seu mandato, assinou um decreto no qual negava ao governo italiano o pedido de extradição do ex-ativista". Porém, comenta a Rai, Temer “teria expressado recentemente seu apoio à extradição do foragido”.

O jornal Corriere della Sera também traz uma curta nota sobre a prisão. O diário relembra o percurso de Battisti, que antes ir para o Brasil se refugiou na França, “onde viveu livremente por mais de 30 anos”.

O diário explica que o italiano só deixou o país europeu por causa de chegada de Nicolas Sarkozy ao poder, já que antes, na época do presidente socialista François Mitterrand, Paris tolerava e “recebia dezenas de terroristas italianos”. O assunto também foi destaque nos jornais Il Messaggero, Il Giornale eIl Post.

Battisti foi condenado por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970, quando era membro do Partido Proletários Armados para o Comunismo, grupo ligado à extrema-esquerda italiana.

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