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Michel Temer

STF enviará denúncia contra Temer para Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (21) enviar à Câmara dos Deputados uma denúncia contra o presidente Michel Temer, considerado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) o chefe de uma "organização criminosa" que desviava fundos estatais.

Michel Temer em Entrevista à Agência de Notícias Reuters. 20/09/2017- Nova York – EUA-
Michel Temer em Entrevista à Agência de Notícias Reuters. 20/09/2017- Nova York – EUA- Foto: Beto Barata/PR
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Dez dos 11 juízes do STF rejeitaram o pedido da defesa do presidente para congelar o caso até que determinassem a validade das provas usadas para incriminá-lo.

Agora a Câmara deverá decidir se autoriza o tribunal a analisar uma acusação que pode custar o cargo de Temer.

"A competência desse Supremo Tribunal para receber ou rejeitar a denúncia por crime comum contra o Presidente da Republica depende de prévia autorização da Câmara dos Deputados", disse a presidente do STF, Cármen Lúcia, resumindo a posição da maioria na votação.

"A denúncia é 'intocável' antes da deliberação da Câmara dos Deputados", apontou o ministro Marco Aurélio.

O STF começou na quarta-feira a discutir um dos muitos recursos interpostos pelos advogados do presidente para atrasar o caso. No momento da suspensão da sessão, já havia sido formada uma maioria a favor de que a denúncia prosseguisse o seu curso.

Nova derrota judicial

Após uma nova derrota judicial, Temer se concentrará em conseguir o apoio necessário para bloquear a acusação na Câmara, repetindo o ocorrido em agosto, quando seus aliados rejeitaram encaminhar uma primeira denúncia da PGR contra ele por corrupção passiva.

Este mês, Temer foi acusado de ser o chefe de uma "organização criminosa" integrada por vários de seus principais ministros e por tentar obstruir o trabalho da Justiça. Segundo a denúncia, o grupo recebeu "pelo menos 587 milhões de reais em propinas".

Se os deputados autorizarem o STF a analisar o caso e este for levado a julgamento, o presidente será suspenso por até 180 dias e Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, assumiria o cargo. Caso contrário, as acusações ficarão congeladas até que Temer termine o mandato.

"A segunda denúncia será rejeitada com folga", escreveu nesta quinta-feira em seu site oficial Darcísio Perondi, vice-líder do PMDB e um dos principais operadores políticos no local.

A defesa de Temer já pretendia impedir que a Procuradoria apresentasse acusações até que determinem se houve irregularidades na obtenção das provas surgidas nas delações dos diretores da JBS.

A decisão desta quinta-feira não prejulga sobre a validade das provas, que apenas poderiam ser examinadas no caso de o Legislativo autorizar o STF a abrir uma investigação.

(Com informações da AFP)

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