Segundo depoimento de Lula em Curitiba dura mais de duas horas
Durante cerca de 2h30 o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi interrogado pela segunda vez pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba, nesta quarta-feira (13).
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Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na compra de um terreno destinado a ser sede do Instituto Lula, em São Paulo, e de um apartamento vizinho ao do líder histórico do Partido dos Trabalhistas (PT), em São Bernardo do Campo.
O primeiro depoimento aconteceu em maio, quando Lula respondeu a Moro perguntas sobre o caso do tríplex no Guarujá, litoral paulista, durante quase cinco horas. Nessa ação, o ex-presidente foi condenado, em primeira instância, a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No inicio desta semana, a defesa de Lula contestou a sentença no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4).
Terreno estava em planilha de propinas
A sede do Instituto Lula nunca foi concretizada. O terreno foi adquirido pela construtora DAG, uma empresa laranja, segundo Marcelo Odebrecht. O ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar, em depoimento, disse que a sede não foi levantada porque Lula não teria gostado do terreno. Em uma planilha de propinas da Odebrecht, o terreno, no valor de R$ 12 milhões, estava registrado como IL (Instituto Lula), segundo Alencar.
O Instituto Lula informou, em comunicado, que nunca solicitou e nem teve a posse do terreno, que foi visitado uma vez e recusado.
O outro imóvel da ação é avaliado em R$ 500 mil e também é usado por Lula. O dono na escritura é Glaucos da Costa Marques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Existe um contrato de locação entre Marques e Marisa Letícia, que morreu em fevereiro. Investigadores acreditam que o documento é fictício.
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