Futuro de Temer é incerto no plenário da Câmara
O voto de cada deputado pode fazer diferença no plenário da Câmara dos Deputados e nem governo nem oposição estão seguros quanto ao resultado. Nesta quinta-feira (13), em acordo entre os líderes dos partidos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, marcou a votação para o dia 2 de agosto. Até lá, tanto a cúpula do governo quanto a oposição vão ganhar tempo para tentar convencer parlamentares.
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Luciana Marques, correspondente em Brasília
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deu parecer negando autorização ao Supremo Tribunal Federal para que investigue o presidente Michel Temer por corrupção passiva. Mas cabe ao plenário a decisão final. A oposição diz que no plenário não será possível a troca de deputados, como ocorreu na comissão, e por isso vê chances de vitória.
Já o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, disse que o presidente Temer recebeu a notícia da votação favorável a ele na CCJ com a tranquilidade de quem confia nas instituições brasileiras. Ele também congratulou os deputados que tiveram o que chamou de “coragem cívica”. O governo precisa de 172 votos dos 513 deputados para arquivar a denúncia.
Inicialmente, o governo queria que a votação no plenário ocorresse antes do recesso, previsto para semana que vem. Mas o presidente Rodrigo Maia disse que só colocaria o texto em votação se houvesse quórum mínimo de 342 deputados. Com a ausência da oposição, o governo não conseguiria alcançar o número. Então, teve que aceitar a votação para agosto, sabendo do risco de novas denúncias a serem apresentadas contra Temer enfraquecerem ainda mais o governo.
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