Lula diz “estar no jogo” para as próximas eleições em 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou pela primeira vez, nesta quinta-feira (13), em São Paulo, após ter sido condenado pelo juiz Sérgio Moro. O ex-presidente do PT disse que está "no jogo" e reiterou sua intenção de se apresentar às eleições de 2018, nas quais é favorito, segundo as pesquisas
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Na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo, o ex-presidente discursou durante meia hora. "Quero dizer a meu partido que, a partir de agora, vou reivindicar o direito a me colocar como postulante à candidatura à presidência em 2018", declarou, sob aplausos dos partidários e simpatizantes, na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo.
Lula afirmou ainda que o juiz Sérgio Moro o condenou a quase dez anos de prisão sem provas e denunciou uma "caçada" judicial que está "destruindo a democracia".
"Estado quase de exceção”
Para Lula, as investigações sobre a corrupção que há mais de três anos golpeiam a elite política e empresarial do país converteram o Brasil em um "Estado quase de exceção, no qual os direitos democráticos estão sendo jogados no lixo"
Luiz Inácio Lula da Silva
"Se alguém tiver uma prova contra mim, por favor, diga. Mande para a Justiça, mande para a suprema corte, mande para a imprensa. Eu ficaria mais feliz se fosse condenado por conta de uma prova", disse. "Nós vamos recorrer em todas as instâncias de todas as arbitrariedades. (...) É preciso fazer processo contra quem mentir, contra quem não disser a verdade nesse país”, afirmou o ex-presidente.
Estavam no local da coletiva a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, assim como o ex-presidente do partido Rui Falcão, os ex-ministros Jacques Wagner e Miguel Rosseto, os deputados Carlos Zarattini, Jandira Feghalli e José Guimarães.
Lava Jato
Durante o discurso, Lula reclamou dos métodos da Lava Jato e da cobertura da imprensa. Ele disse que, quando critica a Polícia Federal e o Ministério Público, não se refere à instituição, mas à força-tarefa da Lava Jato.
"Moro deve prestar contas para a história, como eu. A história é quem vai dizer quem está certo e quem está errado. Não é possível ter Estado de direito se a gente não acreditar na Justiça. E por isso a Justiça não pode mentir, não pode tomar decisões políticas. Tem que tomar decisões baseadas nos autos", concluiu.
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