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Justiça francesa confirma condenação de Maluf a 3 anos de prisão por lavagem de dinheiro

A Corte de Apelações de Paris confirmou nesta terça-feira (20) a condenação do deputado Paulo Maluf (PP-SP) por lavagem de dinheiro. Em outubro de 2015, o ex-prefeito de São Paulo havia sido condenado, em primeira instância, a 3 anos de prisão. A decisão final anunciada hoje confirma a sentença, informou à RFI a magistrada da Corte, Magali Josse.

O ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, foi condenado pela Justiça francesa pelo crime de lavagem de dinheiro.
O ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, foi condenado pela Justiça francesa pelo crime de lavagem de dinheiro. Leonardo Prado/ Câmara dos Deputados (27/09/2014)
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A justiça francesa constatou lavagem de dinheiro proveniente de superfaturamento nas obras do túnel Ayrton Senna e da avenida Águas Espraiadas, quando Maluf ainda era prefeito de São Paulo. Os crimes ocorreram entre 1996 e 2003.

Em primeira instância, Maluf, a mulher dele, Sylvia Lutfalla Maluf e o filho mais velho do casal, Flávio Maluf, foram considerados culpados por "agir em associação para ocultar a origem de recursos" que tiveram origem em ato de corrupção e desvio de dinheiro no Brasil. Como o pai, Flávio foi condenado a 3 anos de prisão e a mulher Sylvia a 2 anos.

O deputado e familiares são acusados de enviar dinheiro para empresas offshore e contas em bancos no exterior. A sentença determinou ainda o confisco de € 1,8 milhão em contas do deputado e de seus familiares. Foram impostas, ainda, multas à família que somam € 500 mil.

Recurso

A Corte de Apelações de Paris iniciou o julgamento do recurso feito pelo deputado Paulo Maluf no início de março deste ano, mas a decisão final foi várias vezes adiada. Uma primeira decisão estava prevista para o início de maio, mas os três juízes indicaram que não havia ainda um consenso sobre a sentença. Nesta terça-feira, eles chegaram finalmente a uma decisão.

No Brasil, Maluf também foi condenado por lavagem de dinheiro pelo Supremo Tribunal Federal, no último dia 23. A pena pedida pelo STF é de 7 anos, 9 meses e dez dias de prisão por crimes cometidos quando ele era prefeito de Saão Paulo. Como a sentença elevada foi considerada "incompatível" com o mandato de deputado, os ministros decretaram a perda de seu mandato e multa de cerca de R$ 1,3 milhão.

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