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Brasil/OCDE

“Ser democracia consolidada” contribui para Brasil entrar na OCDE, diz Meirelles em Paris

O ministro brasileiro da Fazenda, Henrique Meirelles, se reuniu nesta quinta-feira (8) com o secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Angel Gurría, em Paris. O principal assunto do encontro foi o processo de entrada do Brasil na entidade.

O ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles(centro), na sede da OCDE, em Paris.
O ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles(centro), na sede da OCDE, em Paris. RFI
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“A reunião foi extremamente positiva. O secretário-geral da OCDE expressou uma satisfação muito grande do movimento do Brasil de decidir iniciar o trabalho de entrada na organização”, declarou Meirelles na saída do encontro. Segundo ele, os fatores que contribuem para que o Brasil deixe o status de país associado e passe a ser um país membro da OCDE são “o fato de ter uma extensa agenda de trabalho” com a entidade e ser “uma democracia consolidada”.

Na semana passada, o governo brasileiro fez o pedido formal de adesão do país à organização, um processo que pode durar vários anos, mas que estaria em aceleração, segundo indicou Gurría na quarta-feira (8) à Folha de S.Paulo. Meirelles diz ainda não ter uma previsão para a data de entrada, mas adiantou que a OCDE deverá abrir um escritório no Brasil.

“Reformas importantes”

Durante a reunião com o secretário-geral da organização, Meirelles disse ter mencionado que o Brasil passa por "reformas importantes” neste momento. “Mostrei que a entrada na OCDE faz parte de uma agenda de abertura, de modernização da economia, de adoção de padrões modernos de administração e normalização econômica" do país, reiterou.

O ministro demonstrou otimismo com, segundo ele, “o forte apoio” de Gurría sobre as mudanças implementadas na economia do Brasil. Para Meirelles, as reformas realizadas no país são suficientes para que o processo de adesão à organização seja iniciado.

Objetivo: atrair investidores

O ministro brasileiro da Fazenda participa da edição de 2017 do Fórum da OCDE. Além do processo de adesão do Brasil à organização, ele informou que a viagem tem o objetivo de atrair investidores. No entanto, a crise é um assunto evitado por Meirelles. "O Brasil continua a funcionar independente de discussões de ordem política", disse na quarta-feira (7), em coletiva de imprensa na OCDE.

No primeiro dia do fórum, ele participou da reunião ministerial e de um painel sobre os desafios da globalização. Durante a tarde de quarta-feira, o ministro palestrou na agência de investimento Business France sobre a recuperação da economia brasileira, um evento paralelo ao Fórum da OCDE, que faz parte da Jornada da América Latina e do Caribe. No local, ele declarou que as reformas realizadas pelo governo de Michel Temer restauraram a confiança dos mercados e impulsionam a economia do país.

O representante de Brasília também se reuniu com os ministros do Comércio do Canadá, François Philippe Champagne, e da Nova Zelândia, Todd McClay, além do chefe de Delegação do Reino Unido, Christopher Sharrock.

O ministro também se encontrou pela manhã com empresários franceses no Movimento das Empresas da França (Medef), o sindicato patronal do país. Antes de voltar para o Brasil, na sexta-feira (9), Meirelles participa ainda de um encontro bilateral com o ministro de Economia da França, Bruno Le Maire. 

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