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Brasil/imprensa

Temer pode estar com dias contados, diz Le Monde após vazamento de gravações

Além do jornal francês, outros veículos da imprensa internacional repercutiram as gravações do presidente Michel Temer, que teria supostamente incentivado a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, condenado a mais de 15 anos de prisão por corrupção.

Imprensa europeia repercute escândalo de suborno envolvendo presidente Michel Temer
Imprensa europeia repercute escândalo de suborno envolvendo presidente Michel Temer
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Um dos primeiros jornais a divulgar o escândalo envolvendo o presidente foi o The New York Times. Segundo o diário americano, Temer “endossou propina de empresários” na gravação feita pelo dono da JBS, Joesley Batista, no dia 7 de março no Palácio do Jaburu, ocorrida no âmbito de uma delação premiada de Cunha.

A matéria também lembra a baixa popularidade de Temer, com apenas 4% de aprovação. “92% dos brasileiros pensam que ele está no caminho errado”, destaca o jornal americano. O Washington Post também cita o caso, salientando que Temer nega a denúncia.

Para o diário espanhol El Pais, essa nova relação “estremece” o Brasil. O argentino “El Clarín” lembra que foi o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou a gravação ao Ministério Público. E lembra também que Eduardo Cunha foi quem desatou o processo de impeachment que culminou na queda da presidente Dilma Rousseff, “com a grande maioria da Câmara”.

O português O Público destaca em manchete que um empresário gravou o presidente Temer autorizando suborno a Eduardo Cunha. O inglês The Guardian também lembra que o presidente brasileiro vive uma de suas maiores crises.

Crise está instalada

Segundo o jornal francês Le Monde, os dias do presidente Michel Temer parecem contados, após a revelação que levou vários brasileiros às ruas para pedir sua demissão do cargo. O Le Monde também lembra que a pressão popular é forte, mas para o professor de Ciências Políticas Carlos Melo, ouvido pelo diário, ainda é cedo para saber quais serão as consequências. “No país sempre há espaço para a conciliação”, diz.

Poucos acreditam, entretanto, na sobrevivência de Temer, impopular e citado inúmeras vezes na operação Lava Jato. “Isso está cheirando impeachment. É muito grave, a crise está instalada e o Congresso vai parar”, disse Marco Antonio Carvalho Teixeira, professor de Ciências Políticas da Fundação Getúlio Vargas.
 

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