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Manaus decreta emergência social diante de fluxo de refugiados venezuelanos

A prefeitura de Manaus decretou estado de "emergência social", devido ao grande fluxo de refugiados que chegam capital do Amazonas, fugindo da crise na Venezuela. A onda de protestos contra o governo venezuelano não dá sinais de trégua. Na segunda-feira (8) as tropas de choque voltaram a reprimir com violência manifestações contra a Assembleia Constituinte proposta pelo presidente Nicolás Maduro.

Os indígenas venezuelanos que se refugiaram em Manaus estão sendo atendidos por vários serviços municipais.
Os indígenas venezuelanos que se refugiaram em Manaus estão sendo atendidos por vários serviços municipais. José Nildo/Semsa/ Prefeitura de Manaus
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A prefeitura de Manaus anunciou na segunda-feira (8) que o estado de "emergência social" é o "instrumento usado para agilizar as medidas em favor dos índios venezuelanos que se encontram acampados ou abrigados na cidade". Desde dezembro de 2016, mais de 350 integrantes da tribu Warao chegaram à cidade, fugindo da crise social e política na Venezuela.

O decreto que declara emergência social foi assinado no dia 4 de maio e facilita o atendimento aos refugiados. "Além da necessidade de abrigar essa população, a maior preocupação do poder público municipal é a disseminação de doenças" entre os migrantes e a população de Manaus, explicou o comunicado divulgado pela prefeitura.

Desde fevereiro, uma resolução do Conselho Nacional de Imigração brasileiro facilita o pedido dos venezuelanos que querem se refugiar no Brasil. Eles podem pedir um visto temporário, sem passar pelo procedimento complexo e burocrático que envolve normalmente os outros refugiados. De janeiro de 2017 até hoje, 8.231 venezuelanos fizeram o pedido, um número duas vezes maior que o registrado entre 2010 et 2016.

Novos protestos voltam a ser reprimidos

Os milhares de opositores que voltaram às ruas de Caracas na segunda-feira contra a Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro foram dispersados com bombas de gás lacrimongêneo. Manifestantes, principalmente jovens, revidaram com pedras e coqueteis molotov. Confrontos também foram registrados em outras cidades do país. Várias pessoas ficaram feridas, três delas a tiros.19 jornalistas também foram agredidos.

Julio Borges, presidente do Parlamento controlado pela oposição, acusa essa Constituinte de farsa e reafirma que "o voto é a única saída para este desastre na Venezuela". A nova onda de protestos anti-Maduro já deixou 36 mortos, em 40 dias.

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