Brasil e Argentina podem sair ganhando com tensões entre México e Trump
No momento em que o México se bate com o presidente americano, Donald Trump, em matéria de livre-comércio, uma das prioridades do governo mexicano é firmar acordos outras nações. Segundo chanceler mexicano, Luis Videgaray, seu país estaria em busca de parcerias a curto prazo com o Brasil, mas também com a Argentina.
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O chanceler reconheceu que persistem, com a administração Trump, "notórias diferenças" em vários temas, entre eles o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), em vigor desde 1994. Essa situação – admitiu – levou o México a reconhecer a "necessidade imperiosa" de diversificar suas relações econômicas, comerciais e de investimento com outras áreas, além da América do Norte.
"Hoje, é prioridade da política comercial mexicana estabelecer no curto prazo acordos comerciais com as duas principais economias do Cone Sul", afirmou o ministro das Relações Exteriores, em sessão plenária do Senado mexicano nesta terça-feira (28). "Com respeito às duas principais economias (latino-americanas), Brasil e Argentina, devemos reconhecer que a relação econômica esteve abaixo de seu potencial, em parte devido à falta de encontro, à falta de vontade recíproca para estabelecer acordos comerciais", acrescentou.
Os Estados Unidos são o destino de mais de 80% das exportações do México, o que deflagrou na América Latina a sensação de que este país lhe deu as costas. Videgaray garantiu que o processo para estreitar laços com Argentina e Brasil "avança de maneira animadora". Segundo o ministro, "o México é, sempre foi e sempre continuará sendo um país latino-americano".
(Com informações da AFP)
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