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Brasil/Panamá

Lava Jato ganha prêmio anticorrupção da Transparência Internacional

A força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato venceu no sábado (3) o prêmio de 2016 da Transparência Internacional (TI). Em nota divulgada no Panamá, onde acontece atualmente a 17ª Conferência Anticorrupção, a organização não governamental manifestou satisfação e orgulho de homenagear a equipe brasileira de investigação. 

Equipe da Lava Jato recebe prêmio da Transparência Internacional no Panamá e protesta contra intimidação de procuradores.
Equipe da Lava Jato recebe prêmio da Transparência Internacional no Panamá e protesta contra intimidação de procuradores. facebook/International Transparency
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Na entrega do prêmio, a Transparência Internacional ressaltou que a Lava Jato começou pequena, mas se tornou a maior investigação sobre lavagem de dinheiro no Brasil e que combate "um dos maiores escândalos de corrupção do mundo".

Ao receber a homenagem, o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnon, dedicou o prêmio "aos brasileiros que se sentem impotentes contra a corrupção". "Se não tivéssemos andado de mãos dadas, nunca teríamos chegado tão longe", disse Dallagnon.

Vários participantes da conferência evocaram a possibilidade que a Lava Jato seja interrompida por mudanças na legislação brasileira. A última tentativa ocorreu na quarta-feira (30), quando a Câmara dos Deputados aprovou uma iniciativa que permite acusar juízes, procuradores e promotores de abuso de autoridade. Procuradores e magistrados consideram que se trata de uma "lei de intimidação" do Ministério Público e do poder Judiciário.

"No Brasil, foram perdidos bilhões de dólares devido à corrupção, e os brasileiros já toleraram muito este fenômeno que devasta seu país. A equipe de trabalho da Lava Jato está fazendo um trabalho excelente", assinala na nota da TI a presidente do Comitê de Prêmios contra a Corrupção da organização, Mercedes de Freitas.

A operação Lava Jato resultou até o momento em sentenças contra 118 pessoas, condenadas a um total de 1.256 anos de prisão. Cerca de 50 legisladores continuam sob investigação da força-tarefa.

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