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Na França, ministro da Defesa recebe satélite que amplia banda larga

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O ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann, participou nesta quinta-feira (1) em Cannes, no sul da França, da entrega do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) brasileiro. O equipamento foi fabricado na unidade local do grupo aeroespacial francês Thales Alenia Space (TAS). Em um intervalo da apresentação, ele concedeu entrevista por telefone à RFI.

Segundo o Ministério da Defesa, o satélite expandirá a capacidade operacional das Forças Armadas, por exemplo, em operações nas fronteiras terrestres, em eventuais operações de resgate em alto mar e ainda no controle do espaço aéreo.
Segundo o Ministério da Defesa, o satélite expandirá a capacidade operacional das Forças Armadas, por exemplo, em operações nas fronteiras terrestres, em eventuais operações de resgate em alto mar e ainda no controle do espaço aéreo. Ministério da Defesa/Imprensa
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O projeto do satélite geoestacionário brasileiro foi desenvolvido em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O equipamento custou cerca de R$ 2,1 bilhões aos cofres públicos e tem lançamento previsto para março de 2017, na plataforma de Kourou, na Guiana Francesa.

Jungmann veio à França acompanhado do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, do presidente da Telebras, Antonio Loss, e de uma equipe técnica. Com o satélite, de uso civil e militar, o Brasil poderá implementar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).

"Nós vamos incluir aqueles que não tinham acesso à banda larga em todo o território brasileiro", explicou Jungmann. "Em termos de defesa, esse satélite vai ficar sob total controle dos brasileiros e representará a segurança das comunicações militares", acrescentou. O governo acredita que, assim, irá evitar casos de espionagem. Atualmente, o Brasil depende do aluguel de equipamentos semelhantes de empresas privadas.

De uso exclusivo das Forças Armadas, o satélite terá uma banda KA, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo, e uma banda X de implementação do PNBL, que corresponde a 30% dos instrumentos. O tempo de vida estimado do produto é de 15 a 18 anos. Quando for ao espaço, o SGDC ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro, as fronteiras do país e o Atlântico Sul.

Os primeiros testes do satélite começaram em março passado. O equipamento foi submetido a provas de resistência térmica, vibrações e de comunicação em circunstâncias variadas. Com 5,8 toneladas de peso e cinco metros de altura, o equipamento será operado por cerca de 50 profissionais ligados à Agência Espacial Brasileira (AEB), ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e às empresas Visiona e Telebras, que foram treinados por técnicos franceses em Cannes e Toulouse.

O acordo firmado com a França envolve ainda transferência de tecnologia. Segundo o Ministério da Defesa, empresas nacionais poderão participar no futuro de licitação e, se selecionadas, serão capacitadas pela Thales Alenia Space a desenvolver satélites da mesma classe.

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