Brasil entra para Clube de Paris, grupo de credores internacionais

O Brasil acaba de entrar para o Clube de Paris, um grupo que reúne países industrializados, e propõe soluções “rápidas” para crises da dívida pública.

"O Brasil é um grande credor e tem um importante papel a desenvolver na comunidade internacional", afirmou Odile Renaud-Basso, chefe do Tesouro francês e presidente do Clube de Paris. Foto de arquivo do 01/07/16 PATRICK KOVARIK / AFP

Fundado em 1956, o Clube de Paris é integrado por países como a Alemanha, o Japão, a Suíça, a Alemanha, os Estados Unidos e a França.

A entrada dos brasileiros é uma confirmação da abertura do grupo aos emergentes, de acordo com a presidente do Clube, Odile Renaud-Basso, diretora da Receita Federal francesa.

A candidatura do Brasil será oficializada nesta terça-feira, durante uma conferência do Fórum de Paris. “O Brasil tem dívidas consideráveis nos países em desenvolvimento. Para nós, esta é uma evolução positiva”, declarou. “É um sinal de adesão às regras internacionais e um sinal de evolução do peso dos emergentes”. A iniciativa tem o apoio do FMI.

Ex-país observador

Assim como a Coreia do Sul, o Brasil faz parte dos países observadores do clube de Paris. Outros três países estão nessa categoria: China, Índia e África do Sul. “O objetivo é que o máximo de países participem dos acordos para que a dívida possa ser tratada o mais rapidamente possível”, explicou a presidente da instituição.

O Brasil é o 22° país a integrar o Clube de Paris. Como credor, o país já participou 65 vezes de negociações entre os credores da instituição financeira.