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Trabalho

Brasil ocupa 79ª posição em ranking de igualdade salarial entre homens e mulheres

Divulgado nesta quarta-feira (26), o ranking do Fórum Econômico Mundial sobre iguladades salarial entre sexos traz algumas surpresas, mas continua marcado por uma dura realidade. O documento também revela uma triste previsão: homens continuarão ganhando mais que as mulheres nos próximos 170 anos.

Mesmo desempenhando as mesmas funções, os salários dos homens continuam sendo mais altos.
Mesmo desempenhando as mesmas funções, os salários dos homens continuam sendo mais altos. REUTERS/Axel Schmidt
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O estudo do Fórum Econômico Mundial analisou a paridade de sexos no mundo do trabalho em 144 países, além de avaliar as diferenças entre gêneros em matéria de educação, saúde e emancipação política.

A Islândia lidera a classificação de países com maior igualdade de salários entre homens e mulheres no trabalho, pelo 8° ano consecutivo. Nesse país nórdico, que conta com pouco mais de 332 mil habitantes, os homens recebem apenas 13% a mais que as mulheres. O país é seguido no ranking pela Finlândia, Noruega, Suécia, Ruanda, Irlanda, Filipinas, Eslovênia, Nova Zelândia e Nicarágua.

A Nicarágua, aliás, é apontada como a grande surpresa do relatório, sendo o único país da América Latina a figurar entre as dez melhores nações colocadas no ranking. Já o Brasil aparece apenas na 79ª posição.

Por regiões, a Europa ocidental ocupa a liderança na classificação, seguida pela América do Norte, América Latina e Caribe, Europa Oriental e Ásia Central. Logo depois vêm o leste da Ásia e Pacífico, a África Subsaariana, o sul da Ásia, Oriente Médio e África do Norte.

Igualdade salarial não acontecerá antes de 2186

No ano passado, o relatório apontava que seriam necessários "apenas" 118 anos para alcançar a igualdade salarial. Mas o quadro piorou em 2016: de acordo com os dados divulgados, homens e mulheres terão salários equivalentes apenas em 2186, ou seja, em 170 anos.

Isso porque em 2016 as mulheres estão recebendo em média apenas 59% do que os homens recebem. Em 2008, essa proporção era de 58,3%. Em 2013, o melhor ano desse índice, que existe desde 2006, foi de 59,9%.

Em nível mundial, 80% dos homens têm uma atividade, contra 54% das mulheres. Já o número de mulheres que ocupam cargos de responsabilidade continua sendo muito baixo.

Os avanços mais importantes na igualdade salarial no último ano foram registrados no setor da educação, no qual a diferença entre homens e mulheres caiu 1%.

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