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PF prende agentes da Polícia Legislativa acusados de atrapalhar Lava Jato

A Polícia Federal deteve nesta sexta-feira (21) o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, e os agentes Everton Taborda, Geraldo Cézar e Antônio Tavares. Eles são acusados de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e de outros casos envolvendo políticos.

Polícia do Senado Federal
Polícia do Senado Federal Divulgação
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Carvalho seria o líder do grupo que utilizava a estrutura de inteligência da Polícia Legislativa para prejudicar as investigações contra senadores e ex-senadores. Todos foram levados para a Superintendência da PF em Brasília.

A ação da PF foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que ordenou também a suspensão das atividades funcionais dos acusados.

No pedido de prisão temporária, o Ministério Público Federal afirma ter obtido provas de que os policiais legislativos realizaram ações de contrainteligência em busca de escutas instaladas pela PF nos endereços de três senadores e de um ex-parlamentar.

Os parlamentares beneficiados teriam sido a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Edison Lobão (PMDB-MA) e o ex-senador José Sarney.

Os agentes permaneceram por cerca de três horas nos gabinetes da Polícia Legislativa do Senado, no subsolo da Casa, de onde retiraram dez malas de documentos e equipamentos utilizados para rastrear grampos. A PF nega que estejam sendo cumpridos mandados em gabinetes ou endereços de políticos.

Atos de intimidação

De acordo com a PF, Carvalho “ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de senador”. Ele é homem de confiança do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que está em Maceió nesta sexta-feira, segundo a assessoria.

Ao todo, foram cumpridos nove mandados judiciais. O grupo vai responder pelo crimes de associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos de prisão, além de multa.

Ministro da Justiça se pronuncia

Ao participar de um evento na Base Aérea de Brasília, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que foi informado sobre a operação pelo diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra. "Tenho conhecimento porque ele me ligou no início da manhã”, disse Moraes.

O ministro, no entanto, disse que só vai comentar a operação após ter acesso ao relatório da PF. “Daqui a pouco vou me reunir com Daiello e todos os superintendentes. Ele vai fazer um relatório do que ocorreu hoje na operação", disse ele.

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