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Crise não afasta investimentos, diz governador do RS

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O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), faz um giro de quatro dias pela Europa para reforçar parcerias e atrair investimentos para o estado. A viagem, com uma comitiva que inclui os secretários do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Agricultura, além de empresários, começou na Alemanha, faz uma escala na França antes de encerrar na Itália nesta sexta-feira (21).

RFI Convida José Ivo Sartori, governador do RS
RFI Convida José Ivo Sartori, governador do RS RFI
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No comando de um estado que enfrenta sérias dificuldades econômicas e o descontentamento dos servidores públicos, insatisfeitos com o parcelamento dos salários, José Ivo Sartori demonstra otimismo com a capacidade do Rio Grande do Sul de atrair investimentos. Os setores agrícola e comercial e também as atividades acadêmicas são alvos de uma visita curta, mas com objetivos claros de reforçar parcerias e seduzir empresários estrangeiros.

Em entrevista ao RFI Convida na embaixada do Brasil em Paris, Sartori comentou que a situação turbulenta da política brasileira e a grave recessão econômica do país não interferem na atração de investimento.

“Acredito que não. Está renascendo uma esperança e há uma boa vontade e um desejo de preservar as instituições democráticas, para que haja tranquilidade e serenidade na vida do país”, afirmou. “Percebo que há uma vontade nova, um ânimo novo de recuperar nossa economia, da sua movimentação, para atender as necessidades da população”, defendeu.

Medidas amargas e necessárias

O Rio Grande do Sul é um dos estados afetados pela mobilização social contra a PEC 241, conhecida como a PEC do teto, aprovada em primeira votação na Câmara dos Deputados. Segundo opositores, a medida, que visa limitar os gastos públicos federais com correção apenas pela inflação do ano anterior, irá promover cortes em áreas sociais como saúde e educação. O governador gaúcho descarta o impacto negativo para os estados e defende “medidas duras” para equilibrar as contas.

“Há nos estados muitos desafios, muitas dificuldades, mas tem que ser enfrentado. É (preciso) fazer as mudanças que são necessárias para reverter esse quadro, dar tranquilidade e oferecer serviços públicos melhores para a população”, disse.

“Quem quiser fazer mudanças e transformações para ter serenidade no futuro é preciso enfrentar. Ninguém pode gastar o que não tem”, afirmou. “Nós mesmos, no Rio Grande do Sul, tomamos decisões amargas. Em momentos difíceis é preciso tomar ações para que deem tranquilidade e que tenham um mínimo de objetividade para alcançar um futuro diferente”, insistiu.

“A própria Europa é um exemplo, teve que tomar medidas amargas em todos os seus países para enfrentar a crise internacional”, lembrou.

Prisão de Cunha

Sobre a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, devido ao suposto envolvimento em corrupção no escândalo da Petrobras, o governador descarta que a decisão traga instabilidade no ambiente político. “Não acredito. Essa é uma caminhada sem volta. Tudo que for feito na vida política e na vida pública deve ser feito com seriedade e honestidade. Qualquer modificação disse só se faz com atitudes corajosas como a da Justiça e isso deve continuar”, disse. 

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