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Furacão/Flórida

Brasileiros contam como vivem a passagem do furacão Matthew na Flórida

A população da Flórida se preparou nas últimas horas para a chegada do furacão Matthew. Além de ser conhecida por seus parques de diversão, a região concentra uma das maiores populações de brasileiros dos Estados Unidos. Muitos deles vivem pela primeira vez a passagem de um furacão.

Homem enfrenta o vento nas praias de Miami pouco antes da passagem do furacão Matthew.
Homem enfrenta o vento nas praias de Miami pouco antes da passagem do furacão Matthew. REUTERS/Javier Galeano
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Matthew provocou chuvas torrenciais e ventos fortes ao atingir a costa da Flórida nesta sexta-feira (7), depois de deixar um rastro de destruição no Caribe, matando pelo menos 300 pessoas apenas no Haiti.

Mesmo se perdeu força durante a madrugada e foi classificado como uma tempestade de categoria três pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), Matthew ainda é considerado um dos furacões mais perigosos dos últimos tempos. “Choveu muito a noite toda, caíram algumas árvores, mas nada comparado ao que aconteceu em Cuba ou no Haiti”, conta o editor brasileiro Marco Alevato, que vive em Orlando.

No entanto, mesmo se os ventos perderam força, as autoridades preferiram adotar a precaução, pedindo que a população ficasse em casa. “Foi muito bem preparado”, relata Alevato, que passou as últimas horas confinado, a pedido das autoridades. “Ninguém pode sair de casa até as 7h da manhã de sábado (8). Tudo está fechado, até os hospitais”.

Segundo ele, o governo não poupou esforços para sensibilizar os moradores. “O governador disse ‘preparem-se, pois esse furacão mata’”, conta. Os alertas, no entanto, instauraram um clima de pânico: “Todas as pessoas correram para os supermercados para se abastecer. Não tem mais gasolina nos postos da cidade e água engarrafada também acabou”, relata.

Viver um furacão pela primeira vez

Mais ao sul, no condado de Palm Beach, o furacão fez alguns estragos devido aos alagamentos provocados pelas fortes chuvas. “Foi muito estressante, pois a tempestade anunciada era enorme e bem perigosa”, conta o brasileiro Douglas Heizer, diretor do jornal Boca Raton Tribune. “Mas poucas horas antes de chegar aqui na região ele foi mais para leste” e mudou sua rota, relata.

Estatísticas apontam que mais de 300 mil brasileiros vivem na Flórida, boa parte nas cidades de Pompano Beach e Boca Raton. “Muitos deles são novos na região e nunca passaram por um furacão. Essa experiência serviu para entender como funciona a organização americana para prevenção de desastres”, diz Heizer, que mora nos Estados Unidos há 17 anos. 

Obama diz que ainda há risco

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que os centros populacionais do sul da Flórida tinham escapado do pior do furacão Matthew, embora este continue sendo "perigoso". "Acho que a maior preocupação neste momento não é apenas a força dos ventos do furacão, mas um aumento das tempestades", disse Obama no Salão Oval da Casa Branca, ressaltando a ameaça para a área que vai de Jacksonville, no norte da Flórida, até a Geórgia. "Eu enfatizo que este ainda é um furacão muito perigoso", completou o chefe de Estado.
 

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