Exposição Zone Brésil(s) destaca nova geração de artistas contemporâneos brasileiros
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Está em cartaz na cidade de Bretteville-sur-Laize, no norte da França, a exposição Zone Brésil(s), que conta com obras de onze artistas contemporâneos brasileiros e dois franceses. Para falar sobre a mostra, a RFI recebeu a curadora do evento, Nina Sales, a fotógrafa Livia Melzi e o street artist Rafael Suriani.
A exposição coletiva se divide em dois espaços, um na igreja Notre Dame de Quilly e outro na galeria da prefeitura de Bretteville-sur-Laize. O evento tem o objetivo de mostrar a diversidade das temáticas abordadas hoje pela nova geração de artistas contemporâneos brasileiros, como a imagem da mulher, sexualidade, morte, religião, meio ambiente, entre outros. “Os trabalhos se concentram em uma transversalidade seja da atualidade mundial, seja relacionando a cultura francesa com a brasileira”, diz Nina Sales.
No total, onze artistas brasileiros participam da exposição: Christiana Guinle, Rafael Suriani, Patricia Figueiredo, Marcio Goldzweig, Lin Lima, João Santos, Claudia Malaguti, Renata Sgarbi, Frederico Duarte, Stella Bierrenbach e Livia Melzi; além de dois franceses: Iris Della Roca e Jean-François Rauzier.
A fotógrafa Livia Melzi tem um trabalho fortemente influenciado pelas ciências naturais. A obra que ela expõe em Bretteville-sur-Laize trata do pintor francês naturalista Hercule Florence, que viveu no Brasil no século XIX. “Tento explorar várias partes do trabalho dele, tanto com a fotografia, como também com a bioacústica e arquitetura, concentrando-me na mitologia em torno do artista”, explica.
Já o artista urbano Rafael Suriani cria e pinta personagens híbridos inspirados na diversidade cultural das cidades modernas. Para a Zone Brésil(s), ele levou duas séries recentes de seus trabalhos. “Faço pinturas em papéis para serem coladas na rua com a técnica do lambe-lambe. Uma das séries escolhidas para a exposição trata sobre a morte, já que as obras são expostas em um cemitério da igreja Notre Dame de Quilly, que data do século XI. E a outra série trata sobre a questão do gênero, com retratos de drag queens ou transformistas”, diz.
Livia Melzi diz que o público francês se surpreende com a arte contemporânea brasileira. “Eles têm uma imagem que os artistas brasileiros vivem em outro planeta artístico porque têm essa fantasia do exótico, da cor, e quando exibimos obras conceituais, eles ficam um pouco deslocados. Mas a recepção deles é sempre muito boa”, enfatiza.
Na igreja Notre Dame de Quilly, as obras são exibidas até o dia 9 de outubro. Já na galeria da prefeitura de Bretteville-sur-Laize, a exposição pode ser visitada até o dia 30 de outubro.
Confira mais informações na página Facebook da Zone Brésil(s) e da Artmazone.
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