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IMPEACHMENT / BRASIL

Impeachment: Dilma Rousseff é destituída por 61 a 20 votos

A presidente afastada Dilma Rousseff foi oficialmente destituída como chefe do Poder Executivo brasileiro na tarde desta quarta-feira (31). No placar final, 61 senadores votaram a favor do impeachment, e 20 votaram contra.

O resultado foi divulgado às 13h35 desta quarta-feira (31) em Brasília. 61 senadores votaram a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, e 20 votaram contra.
O resultado foi divulgado às 13h35 desta quarta-feira (31) em Brasília. 61 senadores votaram a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, e 20 votaram contra. REUTERS/Ueslei Marcelino
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A etapa final de votação do impeachment no Senado transcorreu sem grandes novidades. Desde segunda-feira (29) já se sabia, entre os senadores favoráveis ao afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff, que o número mínimo de dois terços dos senadores para garantir o impeachment, 54 votos, estava assegurado.

O resultado abre caminho para que Michel Temer seja efetivado na Presidência da República até 2018. A posse do ex-vice presidente acontece nesta quarta-feira (31), às 16h, em cerimônia no Senado.

Em outra votação que ocorreu logo após a votação do impeachment, o Senado decidiu que Dilma não ficará inabilitada para o exercício da função pública, num placar de 42 votos contra a cassação de seus direitos políticos e 36 a favor, com três abstenções. 

Dilma, que foi afastada da Presidência em maio de 2016, terá a partir de agora um mês para deixar o Palácio da Alvorada, residência oficial dos chefes de Estado do Brasil. Ela acompanhou a votação final do processo de impeachment ao lado de aliados políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Rui Falcão, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT).

Histórico da votação final do impeachment no Senado

A abertura da sessão de votação no Senado foi às 9h20 da manhã (hora local de Brasília) pelo juiz e presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que lembrou os números do processo: foram 27,4 mil páginas distribuídas em 72 volumes. Após um pronunciamento de 45 minutos na segunda-feira (29), a presidente afastada Dilma Rousseff respondeu “ao interrogatório de 48 senadores, durante 11h35”, fez questão de lembrar Lewandowski.

A sessão de ontem, terça-feira (30), durou 17 horas e terminou às 3h30 da madrugada. Dos 81 senadores, 63 se inscreveram e eles tiveram dez minutos para expressar suas opiniões. A maioria declarou seu voto a favor do impeachment, mas nem todos falaram. Além de se dizerem convictos em relação às denúncias e provas apresentadas pela acusação, senadores também se referiram a ações do governo que levaram o país ao “caos econômico” e à instabilidade política para justificar o voto pelo impeachment.

Por outro lado, os defensores da presidente Dilma ressaltaram, ainda durante a sessão de terça-feira (30), que preferem ficar do lado certo da história e voltaram a se referir ao processo como um golpe contra Dilma Rousseff e à democracia.

“Tenho esperança. O quadro é duro, mas acho que podemos reverter o placo. A presidenta está altiva, serena. Seja qual for o resultado, iremos cumprimentá-la após a sessão”, afirmou a senadora Gleisi Hoffman antes da sessão final de votação do impeachment, em entrevista à TV Senado.

 

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