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Membro do COI envolvido na venda ilegal de ingressos é levado para Bangu

O irlandês Patrick Hickey, membro do Comitê Olímpico Internacional detido na quarta-feira (17) no Rio de Janeiro como parte de uma investigação sobre uma rede de venda ilegal de ingressos para os Jogos Olímpicos Rio-2016, foi colocado em uma prisão de segurança máxima.

Patrick Hickey
Patrick Hickey JACK GUEZ / AFP
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"Patrick Hickey foi liberado na quinta-feira do hospital onde era tratado desde a sua detenção. Seus advogados entraram com um pedido de habeas corpus em seu nome, mas que foi negado pela justiça. Patrick Hickey foi encaminhado para o complexo penitenciário de Bangu", de acordo com um comunicado da polícia.

Acusado de envolvimento em uma rede de venda ilegal de ingressos para os Jogos, Patrick Hickey, de 71 anos, um dos principais líderes do COI, foi preso no hotel onde estava hospedado na Barra da Tijuca, perto do Parque Olímpico.

Num primeiro momento, ele havia tentado se esconder, sem êxito, e durante a sua detenção passou mal, tendo sido levado para o hospital mais próximo, a pedido de um médico.

No mesmo dia de sua prisão, Hickey renunciou "temporariamente" à "presidência do membro do Comitê Olímpico Irlandês, de sua função de membro do COI, da presidência do Comitê Olímpico da Europa e da vice-presidência da Associação dos Comitês Olímpicos", segundo um comunicado do comitê irlandês.

Outros mandados de prisão

A operação policial prosseguiu com uma série de detenções e vários outros mandados de prisão. Além de Hickey, o irlandês Kevin James Mallon, diretor da empresa THG Sports, foi preso em 5 de agosto, no Rio, no dia da cerimônia de abertura da Olimpíada, acusado de venda ilegal de entradas.

A Justiça também emitiu ordens de prisão contra o presidente do clube de futebol inglês Ipswich Town, Marcus Evans e David Patrick Gilmore (Irlanda), Maarten van Os (Holanda) e Martin Studd (Inglaterra).

Os quatro são acusados de revender ilegalmente ingressos obtidos através do Comitê Olímpico Irlandês. Como não se encontram no Brasil, a Interpol receberá os pedidos de prisão.

No total, a polícia apreendeu 781 ingressos, que eram vendidos a preços muito elevados. Aqueles para a cerimônia de abertura foram vendidos a US$ 8 mil, enquanto que o maior preço oficial era de US$ 1.300.

O tráfico gerou uma receita de "pelo menos R$ 10 milhões de reais (2,8 milhões de euros). O valor na frente dos ingressos apreendidos era de 626 reais, mas foram vendidos até 30 vezes esse preço", indicou na quarta-feira Ricardo Barbosa, da unidade anti-fraude da polícia do Rio.
 

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