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Brasil/Zika

OMS vai analisar riscos de propagação da zika nas Olimpíadas do Rio

A Organizaçéao Mundial da Saúde (OMS) decidiu analisar o impacto dos Jogos Olímpicos do Rio na propagação do vírus da zika. A diretora-geral da organização, Margaret Chan, pediu que um painel de especialistas verifique a situação. A reunião do Comitê de Emergência das Regras Sanitárias Internacionais deve acontecer até o final de junho, informa neste sábado (4) a agência Reuters.

Funcionários municipais dedetizam o sambódromo do Rio de Janeiro, no combate ao zika vírus. Imagem de janeiro de 2016.
Funcionários municipais dedetizam o sambódromo do Rio de Janeiro, no combate ao zika vírus. Imagem de janeiro de 2016. REUTERS/Pilar Olivares
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Equipes de epidemiologistas da OMS foram quatro vezes ao Brasil para coletar dados sobre a “situação atual e avaliar os riscos de contaminação dos atletas e espectadores” que vão participar das Olimpíadas, detalha a carta da diretora da organização, divulgada na sexta-feira (3). A decisão de avaliar os riscos de propagação mundial da doença é uma resposta da organização a um pedido feito pela senadora americana Jeanne Shaheen.

A última visita dos especialistas da OMS ao Brasil aconteceu em meados de maio e a reunião do Comitê de Emergência ocorrerá em breve. Ela deverá avaliar se os Jogos Olímpicos do Rio, de 5 a 21 de agosto, devem ser realizados conforme o programado. Depois da verificação dos riscos de propagação mundial do vírus zika, caberá ao Comitê Olímpico Internacional decidir se a as Olimpíadas acontecerão ou não na data prevista, informou a OMS.

OMS havia rejeitado cancelamento dos Jogos

No final de maio, a OMS havia rejeitado um pedido de mais de 200 médicos internacionais para mudar a data ou o local dos Jogos do Rio. A organização alegou, na época, que isso não alteraria substancialmente os riscos de que a zika se propague globalmente. Especialistas franceses, ouvidos pelo jornal Le Figaro, afirmam que o vírus não ameaça as Olimpíadas no Brasil. Eles lembram que “nunca um evento esportivo foi cancelado devido a uma epidemia de gripe, que mata anualmente muita gente”.

O Brasil é o país mais atingido pelo vírus, com cerca de 1,5 milhão de contaminados desde 2015. A zika é associada a casos grave de microcefalia em recém-nascidos ou a doenças neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barré. O vírus já foi detectado em cerca de 60 países.
 

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