Abilio Diniz entra para conselho do Carrefour como 3° acionista do grupo
O empresário Abilio Diniz, 79 anos, entrou nesta terça-feira (17) para o Conselho de Administração (CA) do Carrefour, onde ele já participava como observador desde janeiro. A decisão foi aprovada por 90% dos acionistas que participaram da assembleia geral do grupo, nesta terça-feira (17), em Paris.
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Diniz quer colocar à disposição do grupo francês toda a experiência que tem no varejo brasileiro, e já tem ajudado a desenvolver no país o modelo multiformato preconizado pelo Carrefour. Segundo o jornal econômico Les Echos, "a chegada de Diniz ao CA do primeiro distribuidor de alimentos na Europa, como terceiro maior investidor, marca o início de uma nova etapa de desenvolvimento do Carrefour".
O empresário, que já possui 12% do capital do Carrefour Brasil, conseguiu progressivamente adquirir 8,05% das ações do líder francês por meio da empresa de investimentos Península, controlada pela família Diniz. Isso faz de Diniz o terceiro maior acionista do Carrefour global, atrás da família Moulin, proprietária das Galeries Lafayette, com 11,5%, e do grupo Arnault, das marcas de luxo reunidas na LVMH, com 8,95%. Em quarto lugar, aparece o fundo americano de investimentos Colony Capital.
Imprensa vê família Diniz como investidores estratégicos
A recomposição do capital do Carrefour deve preparar o terreno para a sucessão do atual presidente do grupo, Georges Plassat, que deve se aposentar em 2018. No mercado francês, Diniz é visto como um investidor de longo prazo, assim como a família Moulin. Analistas acreditam que se o grupo Arnault e o fundo americano decidirem sair do negócio, o Carrefour estará bem amparado. "Agora, o núcleo de investidores está sólido para enfrentar eventuais turbulências", avalia o jornal Les Echos.
Além de ser líder do varejo na Europa, o grupo Carrefour é o segundo maior varejista no mundo, com aproximadamente 380 mil colaboradores e 11.900 lojas em 35 países. Uma posição estratégica em escala global. Diniz deixou o grupo Pão de Açúcar, fundado por seu pai em 1948, em setembro de 2013, depois de uma disputa com o então sócio grupo francês Casino, hoje controlador da empresa varejista brasileira.
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