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"Não estamos no parlamentarismo para destituir um governo", diz José Eduardo Cardozo

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José Eduardo Cardozo é uma das personalidades políticas que tem entre suas mãos a estratégia de defesa da presidente brasileira Dilma Rousseff. Desde o início do processo, o advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça tenta mostrar que a destituição da chefe de Estado não é legítima, um argumento reforçado na semana passada, após o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Em entrevista exclusiva à RFI, concedida antes do anulamento do impeachment por Waldir Maranhão (PP-Maranhão), presidente interino da Câmara, nesta segunda-feira (9), Cardozo insiste que não há nada que justifique a saída de Dilma do poder.    

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo Valter Campanato/Agência Brasil
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Se estivéssemos vivendo no parlamentarismo, teríamos a destituiçao política de um governo. Mas no âmbito do presidencialismo, não é assim que ocorre, ressalta. Por essa razão, nós podemos, a qualquer momento, dentro de uma avaliação da defesa, questionar essa falta de justa causa para o impeachment. Isso poderá ser levado inclusive ao judiciário, no momento em que julgarmos oportuno, comenta.

Para o advogado, ainda é cedo para falar de eleições antecipadas, como chegou a ser cogitado nos últimos dias. Nesse momento, nos incumbe formular a defesa de uma situação que consideramos justa, que é a não abertura desse processo, pois o julgamos absolutamente infundado. Caso ele seja aberto, haverá uma ruptura institucional com um claro indicador de que estamos diante não de um impeachment, mas de um golpe de Estado retoricamente pintado como um ato de respeito à Constituição", completa Cardozo.

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