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Linha Direta

Comissão do impeachment no Senado deve aceitar denúncia contra Dilma

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A Comissão Especial do Impeachment no Senado vai votar, nesta sexta-feira (6), o relatório do senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, que foi favorável à continuidade do processo de destituição da presidente Dilma Rousseff. O processo segue para o plenário do Senado independentemente do resultado da votação.

Senador Antonio Anastasia durante a leitura de seu relatório no Senado.
Senador Antonio Anastasia durante a leitura de seu relatório no Senado. Marcos Oliveira/Agência Senado
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília

Ainda que a comissão votasse contra o processo de impeachment, todos os 81 senadores vão decidir a questão no plenário no próximo dia 11. A votação de hoje trata apenas do recebimento da denúncia. O mérito da questão deve ser analisado depois, tanto na comissão, quanto no plenário.

Os senadores respeitarão um rito para realizar a votação. Os líderes das bancadas e dos partidos terão dez minutos para discursar antes de anunciarem seus votos. Os demais senadores não terão tempo de fala. Os votos dos integrantes da comissão serão divulgados em um painel, assim como ocorreu na comissão que analisou o caso na Câmara dos Deputados. Governistas apresentaram votos em separado, contra o impeachment, mas só o relatório de Anastasia deve ser votado. A expectativa é de que a decisão só saia no fim do dia.

"Antes tarde do que nunca"

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender o mandato de Eduardo Cunha, assim como sua função de presidente da Câmara. Cardozo disse que ele cometeu desvio de poder e por isso o processo de impeachment, segundo o ministro, é nulo. A decisão unânime da Suprema Corte pelo afastamento de Cunha deu força para o governo reiterar a tese de que o então presidente da Câmara agiu por interesses pessoais na condução do processo do impeachment. A presidente Dilma também comentou o caso, dizendo que Cunha presidiu “na cara de pau” o processo. “Antes tarde do que nunca”, comemorou a presidente.

Eduardo Cunha disse que vai recorrer da decisão do STF. Segundo ele, os procedimentos do tribunal foram estranhos e houve intervenção no Poder Legislativo. Cunha foi enfático ao dizer que não vai renunciar nem à Presidência da Câmara, nem ao mandato parlamentar. Ele afirma estar sofrendo retaliação política por ter conduzido o processo de impeachment. “O PT gosta de companhia no banco de réus”, ironizou.

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