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Brasil

Queda de Cunha, arquiteto do impeachment, é histórica, diz imprensa internacional

A imprensa internacional reagiu imediatamente à suspensão do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, anunciada nesta quinta-feira (5). Vários jornais nos Estados Unidos e na Europa publicaram comentários em seus sites logo que a notícia foi divulgada.

Eduardo Cunha é apresentado pela imprensa internacional como o arquiteto do impeachment.
Eduardo Cunha é apresentado pela imprensa internacional como o arquiteto do impeachment. Lula Marques/Agência PT
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O jornal econômico Financial Times, que apresenta Cunha como “o arquiteto do movimento de impeachment contra Dilma Rousseff”, afirma que a decisão do juiz Teori Zavascki de suspender o presidente da Câmara dos deputados por obstrução da justiça é “histórica”.

Já o norte-americano Wall Street Journal explica que a queda de Cunha foi uma resposta ao pedido feito em dezembro pelo procurador-geral Rodrigo Janot, que argumentou que o parlamentar teria usado sua posição para prejudicar as investigações contra a presidente. Mas para o diário, a notícia “adiciona mais incerteza ao cenário político tumultuado do país”.

O jornal britânico The Guardian lembra que Cunha está sob investigação por supostamente receber propinas do esquema de corrupção massiva da Petrobras. Enquanto o francêsLe Monde ressalta que “o deputado evangélico e ultraconservador” também é suspeito de ter escondido em contas bancárias na Suíça pelo menos US$ 5 milhões provenientes do Petrolão.

A agência de notícias Bloomberg explica que a decisão do juiz Zavascki entra em vigor imediatamente, mas a remoção permanente da Cunha precisa ser ratificada por toda a Corte. Além disso, como lembra a versão em espanhol do canal de televisão norte-americano CNN, ainda pode haver um recurso à decisão do Supremo.

Cunha é o segundo na linha de sucessão presidencial e, se Dilma Rousseff for suspensa pelo Senado dentro do início do processo de impeachment atualmente em julgamento, seria o substituto do vice-presidente Michel Temer.

A decisão do Senado a respeito do afastamento de Dilma está prevista para 11 de maio.

 

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