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Brasil/Impeachment

Anastasia, aliado de Aécio, será o relator do impeachment no Senado

O senador Antonio Anastasia, de Minas Gerais, foi eleito relator da comissão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, sob protestos dos governistas. O escolhido é próximo ao senador Aécio Neves, também do PSDB. Um pouco mais cedo, Raimundo Lira (PMDB-PB) foi confirmado para presidir o grupo.

Os senadores Raimundo Lira (e) e Antonio Anastasia (d) vão ser, respectivamente, presidente e relator da comissão do impeachment.
Os senadores Raimundo Lira (e) e Antonio Anastasia (d) vão ser, respectivamente, presidente e relator da comissão do impeachment. Geraldo Magela/Agência Senado
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília

Senadores governistas, do PT e PC do B, pediram questões de ordem, argumentando que Anastasia deveria ser considerado suspeito para analisar o caso, já que, sendo do PSDB, o parecer seria certo pelo impeachment. Mas os pedidos foram rejeitados.

Raimundo Lira disse que não há possibilidade de indicação de outro relator. "Não há espaço porque o Supremo definiu na Câmara dos Deputados que não pode ter comissão paralela, não podendo ter comissão paralela, também não pode ter relator paralelo", disse Lira.

O senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo, disse que a comissão "começa mal" com um nome do PSDB para relator. "Não repitamos o espetáculo vexatório que aconteceu na Câmara dos Deputados", afirmou.

Já senadores de partidos como PTB e PPS elogiaram Anastasia, o descrevendo como "sereno", "equilibrado", "preparado". O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou ter convicção de que Anastasia poderá produzir o relatório depois dos debates. "Se não isso aqui seria uma farsa", declarou.

Depois de eleito por 16 votos contra cinco, Anastasia disse que vai "assegurar ampla defesa e direito ao contraditório".

Presidente da comissão

A votação para escolha do presidente da comissão foi por aclamação, pois Raimundo Lira era unanimidade entre os partidos para assumir o cargo. Segundo ele, a comissão vai funcionar todos os dias da semana, até 6 de maio, quando haverá votação do relatório. O parecer do relator Anastasia será apresentado no dia 4 de maio. Os juristas autores da denúncia contra Dilma vão se manifestar no dia 28 de abril. Já a defesa da presidente terá a palavra na comissão no dia 29.

O processo segue, depois, para o plenário do Senado, com votação no dia 11 de maio. Se 41 dos 81 senadores forem favoráveis ao impeachment, a presidente Dilma é afastada do poder por 180 dias e assume o vice-presidente Michel Temer. Neste período, o Senado vai discutir o mérito da questão, ou seja, se a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade.

Renan e Dilma

Enquanto a comissão começa os trabalhos no Senado, o presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem reuniões marcadas nesta terça-feira (26) com o ex-presidente Lula, durante a tarde, na residência oficial, e com a presidente Dilma, no fim do dia, no Palácio do Planalto.

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